Educação Especial e Educação Bilíngue

Educação Especial e Educação Bilíngue

por Adriana Aparecida Mafra Silva -
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Educação Especial: a Política Nacional de Educação Especial prevê que devem ser sempre discutidas formas de inclusão da comunidade surda. Ao matricular as crianças ou pessoas surdas no ensino convencional, são feitas adequações na escola para receber as pessoas surdas, contudo, estariam em um ambiente preparado para ouvintes, “as adaptações” não permitem um ambiente acessível e bilíngue, pois não há adaptações sem que a Libras circule e colocar um intérprete não garante a aprendizagem, pois na maioria das vezes as crianças surdas são filhos de pais ouvintes e chegam na escola sem língua, sendo necessário aprender a Libras.

Dentro desse sistema regular de ensino o aluno estaria em contato com as demais pessoas e com a cultura ouvinte diretamente, ocorre que esse é o ponto que é rebatido nessa política: as pessoas surdas têm necessidades diferentes e uma cultura própria. É insuficiente a inclusão nas escolas preparadas para ouvintes. É preciso que os profissionais tenham condições e estratégias de ensino preparadas para as pessoas com surdez.

Educação Bilíngue: é uma proposta de oferecer ambientes de ensino preparados e com uma abordagem diferenciada, entendendo a diversidade da comunidade surda, adotando um ensino exclusivo e com profissionais preparados para essa abordagem diferenciada, é uma escola preparada para atender as pessoas surdas, sendo um ambiente de formação da identidade surda, com currículo próprio e bilíngue, sem “adequações curriculares”, com acesso ao conhecimento e á comunicação, se distinguindo da educação especial ou inclusiva. Nas escolas bilíngues brasileiras, ensina-se a Libras como primeira língua e concomitante a Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua. É um avanço para a comunidade surda e a melhor proposta de ensino, pois respeita a cultura e a identidade surda.