Educação Especial e Educação Bilíngue

Educação Especial e Educação Bilíngue

por MARIA GARDÊNIA DE SOUSA RODRIGUES -
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Educação Especial e Educação Bilíngue

 

Por Maria Gardênia de Sousa Rodrigues Caetano

 

A Educação especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, é bastante louvável, uma vez que, em sua proposta, vê todos os estudantes como sujeitos com direitos iguais à educação, sem distinção ou segregação. No entanto, sabemos que os sujeitos educandos são, sim, diferentes, e têm demandas diferentes para a aprendizagem. No tocante à educação de surdos, deve-se ter em mente que esse grupo de alunos, embora não sejam deficientes, têm suas especificidades com relação à língua. Não pode, portanto, simplesmente se inserido numa sala de aula comum, junto com outros estudantes ouvintes e, no final, querer que obtenha o mesmo resultado que estes, que podemos dizer que são privilegiados por serem ensinados em sua língua materna, no caso, o Português.

É fato comprovado que as crianças surdas, se forem educadas desde a mais tenra idade tendo a Libras como L1, desenvolver-se-ão melhor em todos os aspectos, pois irão interagir com seus pares e, como é sabido, a socialização é fator de suma importância para o desenvolvimento global do indivíduo.

A Educação Bilíngue é, portanto, sob a minha ótica, a melhor opção para a educação de alunos surdos, sendo escolarizados tendo a Libras como L1 – língua com a qual naturalmente se expressam – e, concomitantemente, a Língua Portuguesa escrita como L2 – língua dominante em nosso país. Isso certamente lhes trará crescimento intelectual e maiores oportunidades acadêmicas, profissionais e melhor desempenho social.