Olá a todos os colegas e professores!
A atividade postarei aqui, pois no espaço onde deveria ter um link como este não têm. (A plataforma está "dispersa" e, para alguns que ainda não têm essa habilidade de procurar, complica muito.
Quanto a atividade "Educação Bilíngue e Educação Especial, qual a sua opinião sobre elas?"
Quem atua no universo surdo, sabe que há muito tempo o povo surdo reivindica esse direito de poder estar em um espaço onde realmente poderá aprender como se deve, ou seja, aprender em seu idioma aquilo que ouvintes aprendem em seu contexto.
A educação bilíngue para uma criança surda é certeira, pois para que ela venha a se desenvolver em seus idioma e mais tarde, ou até mesmo simultaneamente o segundo idioma, é muito mais fácil. Suas habilidades quando estão em ação, diretamente em seu idioma, significativamente tem-se um resultado satisfatório (rememoro aqui o filme "E Seu Nome é Jonas")
Porém, ainda que este seja um grande avanço, tendo por fim uma nova LDB que trás a Educação bilíngue (Lei 14.191/2021), e aqui, no estado de Minas, já havia sido aprovada Diretrizes que aprovam a criação de salas e/ou escolas bilíngues (lei aprovada antes da LDB) Lei nº 23.773/2021, tenho minhas reais preocupações quanto a este processo. Em resumo geral: quem serão os profissionais que atuarão nesses espaços, sérios e de grande responsabilidade? Sabemos que nem todos que sabem Libras são fluentes o bastante para dar aulas EM Libras e, não há professores Surdos fluentes o bastante para suprir todas as demandas. Como será este processo para criar um equipe de docentes totalmente fluentes na Libras? E, muito importante ressaltar que nem todos que estão, ou já finalizaram suas Licenciaturas em Letras-Libras, conhecem ou tiveram contato ou a experiência de conviver com um surdo fluente. Reflexões!!!!
Já a Educação Especial abrange um campo mais aberto. Este campo que é destinado a atividades de AEE - Atendimento Educacional Especializado, ao atendimento de sujeitos com necessidades educativas específicas, e essas estão em escolas regulares que têm a proposta de escolas regulares inclusivas e, muitas com Salas de Recursos que tem o atendimento especializado.
A todos que atuam como docentes, sabemos que a inclusão está a passos lentos, ainda que tenha tido um avanço significativo em vista de outros tempos. Porém, ainda não atende as necessidades do povo surdo, visto que, nesse espaço o surdo está inserido e ainda tem barreiras comunicativas, não tendo um aprendizado efetivo como deveria ser em uma escola bilíngue. Infelizmente, como dito acima, nesses espaços também há profissionais que atuam sem ter as habilidades necessárias e competências tradutórias básicas para mediar as informações ao sujeito surdo.
Então, diante dessas diferenças de educação temos muitas reflexões importantes a fazer quanto ao ensino de qualidade do povo surdo.
Grande abraço a todos!