Vamos refletir um pouco sobre as mudanças que estamos vivenciando atualmente e as ocorridas no passado em relação à educação de surdos.
Será que os pontos negativos e positivos atuais têm relação com o que
ocorreu no passado?
Vamos refletir um pouco sobre as mudanças que estamos vivenciando atualmente e as ocorridas no passado em relação à educação de surdos.
Será que os pontos negativos e positivos atuais têm relação com o que
ocorreu no passado?
Será que os pontos negativos e positivos atuais têm relação com o que ocorreu no passado?
Durante boa parte da história da comunidade surda, a pessoa surda sempre foi vista como alguém inferior, ou alguém que era incapaz de viver em sociedade de maneira plena. “A imposição das regras de normalização representou uma grande tensão entre surdos e ouvintes devido à violência contra a cultura surda, marcada até hoje na história da educação de surdos.” (Lacerda, 2021).
Essa visão arcaica sobre o surdo, que remota desde a antiguidade, perdura através do preconceito que está enraizado na sociedade, não é incomum ouvirmos pessoas se referindo aos surdos como, “surdo-mudo”, ou achar que libras são apenas gestos, ou mimicas e não uma língua com estrutura e gramática própria. “Essa atitude de julgar e excluir uma pessoa do convívio social devido à cor de sua pele, sua classe econômica, suas especificidades físicas, mentais ou sensoriais e sua língua é algo muito recorrente em uma sociedade que geralmente adota um modelo deficitário para caracterizar aqueles que não se enquadram em uma ‘norma’ ou ‘padrão’ preestabelecidos.” (Sousa, 2018).
Toda via, a constante luta pela comunidade surda permitiu que diversos paradigmas fossem rompidos e que muitos direitos fossem conquistados. Percebe-se também um aumento continuo pela busca, dos ouvintes, em aprender libras. “As concepções de surdez e de pessoa surda passaram por várias mudanças, desde o modelo biomédico, que considera o surdo doente, até o modelo socioantropológico, que o considera detentor de cultura e língua próprias. Esse novo olhar situa a pessoa surda em outra esfera, a qual aprecia sua diferença e valoriza sua capacidade de desenvolvimento. Evidencia que as ações do homem, no transcorrer da história, excluem, segregam e raramente incluem o surdo”. (Duarte, 2013). As escolas estão cada vez mais se adaptando para receber alunos surdos, o mercado de trabalho recebe cada vez mais interpretes e espaços que antes eram inacessíveis aos surdos hoje já estão mais acessíveis. A sociedade como um todo estar se desvinculado da ideia que aquilo que foge ao padrão não é útil ou não merece atenção e se tornando uma sociedade mais inclusiva e adepta das diferenças.
Referências
DUARTE, Soraya Bianca Reis et al. Aspectos históricos e socioculturais da população surda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, out.-dez. 2013, p.1713-1734.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de, Tenho um aluno surdo, e agora? – Introdução à Libras e educação de Surdos. São Paulo. EDUFSCar. 2021. 254p.
SOUZA, Rosemeri Bernieri de; Língua brasileira de sinais - Libras II. Indaial. UNIASSELVI, 208. 263 p.; il.