UC3: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

Número de respostas: 119

Assista o vídeo que orientação sobre a atividade:

Prazo: 22/12/2021

Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Eliane Martins Santos Marques -
Minha pesquisa se fundamentou na historia da educação dos surdos no Japão. Atualmente há no Japão cerca de 107 escolas para surdos. A primeira escola foi aberta em Kyoto em 1878. Cerca de 80% dos portadores de deficiência auditiva entendem o alfabeto datilológico e apesar do país oferecer uma boa acessibilidade aos deficientes hoje em dia, a luta por seus direitos e por inclusão na sociedade ocorreu de forma bem lenta.
Até meados dos anos 1970, as pessoas surdas no Japão tinham poucos direitos legais e pouco reconhecimento social. Geralmente, eram classificados como deficientes mentais, incapazes de obter carteira de motorista ou assinar contratos. Por falta de incentivo e infraestrutura, a maioria dessas pessoas tinham que se dedicar a trabalhos manuais ou agricultura.
Em 1862, durante a era xogunato, alguns emissários foram enviados à Europa para aprender mais sobre a surdez. Eles visitaram algumas escolas para surdos e perceberam o quanto a língua de sinais podiam ajudar essas pessoas. 16 anos mais tarde, Yozo Yamao, um dos emissários ajudou a construir algumas das primeiras escolas japonesas para surdos.
 A história da educação dos surdos não é uma história difícil de ser analisada e compreendida, ela evolui continuamente apesar de vários impactos marcantes, no entanto, vivemos momentos históricos caracterizados por mudanças, turbulências  e crises, mais também de surgimento de oportunidades. 
Em resposta à Eliane Martins Santos Marques

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Eliane Martins Santos Marques -
Referência:

 CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso. 140 páginas
Em resposta à Eliane Martins Santos Marques

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Que interessante, agora me deixou curiosa, como é a escola para surdos, comunidade surda e lutas na atualmente.

Muito bem, Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Carla Cristine Tescaro Santos Lino -
Atividade: Historicidade se surdos em Portugal
De acordo com a história mundial, até o final do séc. XIX, a metodologia positivista era utilizada para descrever a história de fatos, datas e heróis. No séc. XX, nos anos 20, surgiu a “Nova História” (Escola dos Annales), conceituada por Lucien Febvre e Marc Bloch, com a finalidade de direcionar atenções ao indivíduo que vive em uma sociedade dependente de uma situação política, econômica, social, psicológica entre outros aspectos.

Em Portugal, houve diversos seguidores desta corrente e o que mais destacava-se em meados dos anos 70, no séc. XX era Vitorino Magalhães Godinho, por se opor ao Estado Novo, o que o impediu de continuar a sua carreira em universidade de Portugal.

Sobre a história da Educação de Surdos, a maioria dos trabalhos foram publicados na área conduzida por uma metodologia positivista que estabeleciam as ações dos protagonistas da história (cf. Lane 1980, 1984, 1987; Uden, 1977, Guberina, 1965, Bell, 1898; Harmon, 1994). As mudanças estruturais e conjunturais que ocorriam no decorrer da história da educação de surdos são pouco consideradas e com fatos isolados e descontextualizados.

A história do surdo anônimo, da comunidade surda anônima e dos professores de surdos que fizeram a diferença na estrutura da própria história, não foi relatada. As obras publicadas no final dos anos 80 e ao longo dos anos 90 do séc. XX se trata de uma parte história que serviu aos propósitos políticos, somente (a reabilitação do método gestualista), e o mesmo ocorreu no final do séc. XIX que auxiliaram nas decisões ocorridas no Congresso de Milão de 1880, em que os defensores do método gestualista foram trocados por quem defendia o método oralista, que originou ódios, incompreensões e conflitos e nada auxiliava na evolução da educação das pessoas surdas.

Em pesquisas de fontes materiais e imateriais, pode-se encontrar ritos utilizados pela comunidade surda, manifestações culturais (teatro, poesia, humor), arte (escultura, pintura, gravura, desenho) e vários artistas surdos famosos que auxiliaram na construção da história desta comunidade.

Em algumas fontes orais e gestuais podem evidenciar algumas obras do séc. XIX a respeito do nível iconográfico de Juan Pablo Bonet (1579-1633), John Bulwer (1614-1684), William Holder (1615-1697), Roch-Ambroise Sicard (1742-1822); Roch-Ambroise Bébian (1789-1822); Joseph-Marie Degérando (1772-1842); Pierre Pélissier (1814-1863), Flausino José da Gama (1875), autores que registraram tanto a história de surdos quanto o estudo linguístico das línguas gestuais.

Em documentos localizados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, na história dos surdos em Portugal, consta a fundação do Real Instituto de Surdos-Mudos e Cegos, pelo professor sueco Per Aron Borg, convidado pelo Rei D. João VI, em 1823. O professor Borg apresentou o alfabeto manual que utilizava com os surdos na Suécia.

A História das Comunidades Surdas portuguesa se conecta à História da educação de surdos, já que as pessoas surdas se encontravam nas instituições para interação e compartilhamento da língua gestual, experiências, anseios, preocupações, e desejos. Porém, a História da Comunidade Surda não se dá somente pela educação, mas também pelos movimentos surdos, pelas suas lutas a favor de acessibilidade e igualdade de oportunidades que foram relatadas no decorrer da história comum, com o propósito de apresentar um sentido de pertencer a uma cultura e identidade próprias.

Observa-se pela pesquisa realizada a necessidade de pesquisadores encontrarem novas informações sobre a História de Surdos e uma nova metodologia para reescrevê-la, a fim de esclarecer pontos que ainda não foram salientados, e que podem ser discutidos por meio de pesquisa documental.

REFERÊNCIA
MORGADO, M., Martini, M. (2007b). Uma investigação na Guiné-Bissau: O nascimento da Língua Gestual. In P.V. Carvalho. Breve História dos Surdos no Mundo e breve história dos Surdos em Portugal (pp.138-139). Lisboa: Edições Surd’Universo.
CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). Breve História dos Surdos no Mundo e em Portugal. Lisboa: Surd’universo Livraria Especializada Lda.
CARVALHO, Paulo Vaz de (2019). A Educação de Surdos na Casa Pia de Lisboa: Resenha histórica. Lisboa: Casa Pia de Lisboa, IP/ Althum.com
Em resposta à Carla Cristine Tescaro Santos Lino

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Essa história de surdos é interessante, chamou até o professor sueco na educação. Aqui no Brasil onde vem a língua portuguesa, foi na Portugal, agora é pelo contrário, na comunidade surda de Portugal é diferente né?

Acredito que existem as muitas histórias da educação de surdos no algum país, talvez devem poucos registros essas histórias, mas precisamos achar essas referências.

Muito bem, Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Aline Santos -
Língua de sinais Australiana – Auslan

A Austrália tem uma língua de sinais conhecida como Auslan.
A Auslan surgiu da BSL e da língua de sinais da Nova Zelândia, tendo também obtido influências da língua de sinais irlandesa e, mais recentemente, tenha adaptado sinais da ASL.
Assim como outras línguas de sinais, a gramática da Auslan é distinta da língua oral do país (o Inglês). A sua criação não pode ser atribuída a um só indivíduo, antes, é uma língua natural, que emergiu ao longo do tempo, na comunidade surda local.
Embora não se saiba com certeza quantos são os seus utilizadores, estudos recentes apontam para que sejam cerca de 6500.
A Auslan foi reconhecida pelo governo australiano como "língua da comunidade, além do Inglês" e, em 1987, como língua preferencial da comunidade surda. Em 1982 foram registados os primeiros intérpretes de sinais. Na década de 90, começou a estar acessível aos estudantes, nas escolas secundárias (escolas regulares, com intérpretes).
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por REGIANE GONÇALVES DE OLIVEIRA -
Língua De Sinais Francesa

"Para compreender a relevância desse fato na história da educação dos surdos, é necessário perceber que a França, no século XVIII,era um verdadeiro barril de pólvora. Os levantes eram permanentes e a pequena burguesia em expansão apoiada pelos camponeses e artesãos, não admitiam mais as benesses feudais que ainda predominavam na monarquia francesa, principalmente no Primeiro e Segundo Estado.
É nesse cenário que os membros do Terceiro Estado, camponeses, artesãos e burguesia unem-se, teoricamente, através de relações sociais impostas pelo meio produtivo, passou a traduzir o interesse da burguesia em ascensão, ao privilegiar, no processo educacional, as artes mecânicas.
Nesse momento histórico, educar todos os homens e reorganizar o saber através das artes mecânicas são os grandes objetivos da burguesia, de utopistas reformadores e revolucionários, passando a ser o eixo estruturante e organizativo das Escolas Públi-cas. E de novo os interesses da burguesia prevalecem.
Os surdos que faziam parte do Terceiro Estado, mesmo que sujeitos às relações sociais vigentes, provavelmente como os artesãos e camponeses, também queriam “ser alguma coisa”.
Um dos primeiros passos da educação de surdos, partiu da iniciativa Etienne de Fay, um nobre surdo, em criar a primeira escola em que se priorizava o ensino em sinais. Em 1779, é publicado o primeiro livro escrito por um surdo chamado Pierre Desloges.
No entanto, foi o abade de L´Épée que, efetivamente, elabora um método a fim de aproveitar os sinais que duas irmãs gêmeas surdas usavam entre si para se comunicar. Com isso, ele cria uma escola em que abriga mais de 70 alunos e onde ensina seu método a outros professores.
É importante realçar que, nessa época, a educação de surdos tinha os mesmos objetivos que a educação dos ouvintes, ou seja, o acesso à leitura. Para o abade, a comunicação em sala de aula se efetivava graças ao domínio que ambos, professores e alunos, tinham da língua de sinais. Portanto, não se justificava poucos alunos surdos nesse espaço, mas sim classes com a mesma arquitetura das escolas públicas para ouvintes.
Após sua morte, Abade Sicard torna-se diretor do instituto e dois de seus alunos surdos, Le Clerc e Massieu, aprendem com ele os métodos de ensino. Entretanto, após viver um período áureo, a educação de surdos sofre a intervenção do Congresso de Milão em 1880, interditando a comunicação dos surdos em sinais e instituindo a oralizaçao como método de ensino aos surdos. Foram cem anos em que a Língua de Sinais se desenvolveu nas associações fundadas pelos surdos ou mesmo em suas casas ou nos pontos de encontros. Após, alguns congressos promoveram a conscientização pelos direitos do surdos. Em 1991, foi votada a Lei Fabius na Assembléia Nacional favorecendo a utilização da Língua de Sinais Francesa na educação de crianças surdas.
Somente em 2005 foi votada a Lei que reconhece a LSF como uma língua natural , direito do surdo francês".




REFERÊNCIAS

ESTUDOS SURDOS I / Ronice Müller de Quadros (org.). pág 19- 25. Petrópolis, RJ:Arara Azul, 2006.

ESTUDOS SURDOS IV/ Ronice Muller de Quadros e Marianne Rossi Stumpf (organizadoras). Cap. 1 pág 30-31. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2009.
Em resposta à REGIANE GONÇALVES DE OLIVEIRA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Gostei esse texto descritivo! A maioria história da França que eu conheço.
Mas acho que esse país França não tem ainda criada na Lei LSF, igual aqui existe a Lei Libras.

Obrigada! :)
Em resposta à Lidiane Cristina Coelho

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Joilma Souza Gomes -
Língua de sinais na França

A minha pesquisa tem embasamento teórico na Língua de sinais Francesa.

"Para compreensão desse fato na história da educação dos surdos, é preciso perceber que a França, no século XVIII, era um verdadeiro barril de pólvora. Os levantes eram permanentes e a pequena burguesia em expansão apoiada pelos camponeses e artesãos, não admitiam mais as benesses feudais que ainda predominavam na monarquia francesa, principalmente no Primeiro e Segundo Estado.

É nesse cenário que os membros do Terceiro Estado, camponeses, artesãos e burguesia unem-se, teoricamente, através de relações sociais impostas pelo meio produtivo, passou a traduzir o interesse da burguesia em ascensão, ao privilegiar, no processo educacional, as artes mecânicas.

Nesse momento histórico, educar todos os homens e reorganizar o saber através das artes mecânicas são os grandes objetivos da burguesia, de utopistas reformadores e revolucionários, passando a ser o eixo estruturante e organizativo das Escolas Públi-cas. E de novo os interesses da burguesia prevalecem.

Os surdos que faziam parte do Terceiro Estado, mesmo que sujeitos às relações sociais vigentes, provavelmente como os artesãos e camponeses, também queriam “ser alguma coisa”.

Um dos primeiros passos da educação de surdos, partiu da iniciativa Etienne de Fay, um nobre surdo, em criar a primeira escola em que se priorizava o ensino em sinais. Em 1779, é publicado o primeiro livro escrito por um surdo chamado Pierre Desloges.

No entanto, foi o abade de L´Épée que, efetivamente, elabora um método a fim de aproveitar os sinais que duas irmãs gêmeas surdas usavam entre si para se comunicar. Com isso, ele cria uma escola em que abriga mais de 70 alunos e onde ensina seu método a outros professores.

É importante realçar que, nessa época, a educação de surdos tinha os mesmos objetivos que a educação dos ouvintes, ou seja, o acesso à leitura. Para o abade, a comunicação em sala de aula se efetivava graças ao domínio que ambos, professores e alunos, tinham da língua de sinais. Portanto, não se justificava poucos alunos surdos nesse espaço, mas sim classes com a mesma arquitetura das escolas públicas para ouvintes.

Após sua morte, Abade Sicard torna-se diretor do instituto e dois de seus alunos surdos, Le Clerc e Massieu, aprendem com ele os métodos de ensino. Entretanto, após viver um período áureo, a educação de surdos sofre a intervenção do Congresso de Milão em 1880, interditando a comunicação dos surdos em sinais e instituindo a oralizaçao como método de ensino aos surdos. Foram cem anos em que a Língua de Sinais se desenvolveu nas associações fundadas pelos surdos ou mesmo em suas casas ou nos pontos de encontros. Após, alguns congressos promoveram a conscientização pelos direitos do surdos. Em 1991, foi votada a Lei Fabius na Assembléia Nacional favorecendo a utilização da Língua de Sinais Francesa na educação de crianças surdas.

Somente em 2005 foi votada a Lei que reconhece a LSF como uma língua natural , direito do surdo francês".

REFERÊNCIAS :

ESTUDOS SURDOS I / Ronice Müller de Quadros (org.). pág 19- 25. Petrópolis, RJ:Arara Azul, 2006.



ESTUDOS SURDOS IV/ Ronice Muller de Quadros e Marianne Rossi Stumpf (organizadoras). Cap. 1 pág 30-31. Petrópolis, RJ: Arara A
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Soniete Ferreira Bastos -
Nos Estados Unidos a primeira escola de surdos abriram as portas em 1817, a historia começou com o educador Thomas Hopkins, Gallaudet , depois de ter encontrado uma garota surda , decidiu dedicar sua vida a criação e desenvolvimento de uma forma de comunicação que proporcionasse melhoria em todos os aspectos para a pessoa surda. viajou a vários países ate fundar a escola American School for the Deaf , na cidade de Hartford. Em 1830 outras escolas foram criadas em outros estados. A língua utilizada é a American Sign. Language (ASL).

Academia de libras, Língua de Sinais Americana-saiba como ela foi criada, disponível em: https://academiadelibras.com/blog/lingua-de-sinais-americana/
Em resposta à Soniete Ferreira Bastos

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Exatamente, muito bem, sabe quando o congresso de Milão em 1880 proibiu utilizada a língua de sinais no mundo, dai a faculdade Gallaudet não fechou. Admirada essa história dele!

Obrigada! :)
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Fabiana Rodrigues -
Os Surdos no Egito

Na Antiguidade, o Egito tinha uma cultura muito avançada. Escritos em papiro, descobertos em túmulos antigos, datam de séculos antes do tempo de Moisés.
No Egito, pensava – se que os surdos tinham sido escolhidos especialmente pelos deuses. Devido a uma filosofia humanitária prevalecente na época, permitia – se que os deficientes vivessem e talvez até lhes dessem alguma ajuda.
O silêncio e o comportamento estranho dos surdos davam – lhes um ar de misticismo. Como os egípcios consideravam os surdos como pessoas escolhidas pelos deuses, eles tratavam – nos com deferência.
No antigo Egito, os surdos recebiam educação. Há uma certa semelhança entre os hieróglifos e a língua gestual dos surdos. Possivelmente os hieróglifos eram usados para ensinar os surdos.
No 5.º milénio a.C., tribos neolíticas começaram a povoar uma região fértil situada no norte de África, estendendo – se pelo vale do Nilo e rodeada de montanhas, desertos e mares – mais tarde chamaram a essa região de Egipto.
Geograficamente isolada, sob um clima seco, o rio era fonte de vida e o único contacto entre as suas aldeias. Porém, para aproveitar as riquezas do rio Nilo e controlar as suas cheias, era necessário um trabalho colectivo e um poder centralizado. Desta forma, cerca de 3.000 a.C., o faraó Narmer unificou o Egipto.
Paralelamente, os detentores do poder político e religioso foram transformando o reino do Egipto numa teocracia, tendo o rio Nilo como Deus supremo do panteão egípcio.
Acabou por surgir uma religião fantástica, com vários deuses associados, que fazia com que todas as classes sociais obedecessem ao faraó e que aceitassem o sistema económico – social a que presidia.
A teologia egípcia tinha como principal mistério o mito de Osíris (deus protector dos mortos, marido de Ísis e pai de Horus) que transformava o faraó num deus vivo e preconizava a vida depois da morte.
No Egipto os surdos eram adorados como deuses. Os egípcios acreditavam que estes transmitiam mensagens secretas dos deuses ao Faraó, que por sua vez as transmitia ao povo.
Assim, os surdos serviam de mediadores entre os deuses e os Faraós.
Era uma forma dos faraós imporem o seu poder ao povo, legitimado por pessoas especiais que tinham ligação aos deuses.
Por serem vistos como seres estranhos com uma forma diferente de comunicar, a população, em geral, temia – os e respeitava – os.

REFERENCIAS:
PESAVENTO, Sandra J.; História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

WIDELL, Joanna As fases históricas da cultura surda, Revista GELES – Grupo de Estudos Sobre Linguagem, Educação e Surdez nº 6 – Ano 5 UFSC- Rio de Janeiro: Editora Babel, 1992.

SACKS, Oliver. Vendo Vozes: Uma jornada pelo mundo dos surdos. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1990.
Em resposta à Fabiana Rodrigues

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Muito bem, parabéns.

Gostei essa história como eu expliquei esse vídeo antes. Gostaria de saber como é a educação de surdos e movimento surdo na atualmente né.
 
 
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Luciane Selski Portela David -
Educação de surdos na Suécia
A história da educação de surdos na Suécia começa quando a Escola Manilla para Surdos foi fundada, em Stockholm em 1809. Durante os 50 primeiros anos desta escola, a língua de sinais Sueca era usada dentro e fora da escola normalmente. A ideia era que os estudantes surdos deveriam ganhar conhecimento e ter a oportunidade de se desenvolver individualmente, com seus próprios méritos. A língua de sinais era também usada para ensinar Sueco escrito tendo o letramento como objetivo. Aqueles estudantes que poderiam se beneficiar com o treinamento da fala eram ensinados a se comunicar por meio dela.
O principal objetivo da educação oferecida era que os estudantes surdos tivessem uma profissão e pudessem ganhar o próprio sustento após terminarem seus estudos. Um treinamento em mais de 15 diferentes habilidades de negócios era oferecido aos rapazes. Às garotas era oferecido basicamente o treinamento em gerenciamento de tarefas domésticas. Desde o primeiro período de educação de surdos na Suécia, uma longa lista de bem-sucedidos egressos pode ser formada. São pessoas surdas que se tornaram importantes de diversas maneiras dentro da sociedade e na comunidade de surdos. Alguns se tornaram professores de surdos, sendo que alguns vieram a fundar escolas para surdos, incluindo a primeira escola para surdos na Finlândia.
A base para esta educação de surdos inicial, marcadamente eficaz, pode ser atribuída a seus dois componentes interdependentes: o reconhecimento da necessidade da língua de sinais nas vidas das pessoas surdas, juntamente com uma grande fé nas habilidades do surdo. A importância destes componentes se torna evidente quando se compara este período com períodos posteriores da educação de surdos, tanto na Suécia quanto em outros países, quando o Oralismo tornou-se a filosofia dominante. A rejeição à língua de sinais e a demonstração de uma atitude fundamentalista em relação às pessoas surdas, as quais eram vistas como deficientes, que não dominavam as habilidades da fala, eram suas principais características. Habilidades satisfatórias de leitura e escrita tornaram--se raridade entre os surdos e o número de pessoas surdas bem-sucedidas na sociedade caiu significativamente.
 
Referência: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/37228/23091
 
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Aminadabe Ferreira Pelegrin -
Pesquisei sobre a história dos surdos na Itália.

O Congresso de Milão foi na verdade a primeira conferência internacional de educadores de surdos. Mais de 160 educadores e especialistas reuniram-se entre 6 e 11 de setembro de 1880 para discutir os rumos da educação das pessoas surdas. Esse grupo de pessoas era na maioria ouvinte. Era uma época onde acreditava-se na superioridade da língua falada, considerando as línguas gestuais um retrocesso na evolução da linguagem.
Durante o congresso foram ouvidos doze especialistas no assunto. Apenas três se manifestaram a favor do uso das línguas gestuais como a melhor forma de educar e inserir as pessoas surdas na sociedade: Edward Gallaudet (fundador da Gallaudet University), Thomas Gallaudet e Richard Elliot (um professor inglês).
O Congresso de Milão, foi organizado pela Pereira Society, um grupo de pessoas contra o uso das línguas de sinais. A organização foi fundada na França por Jacob Rodrigues Pereira e era uma forte apoiadora do oralismo. A organização do Congresso de Milão foi uma clara intenção de assegurar a hegemonia do oralismo. A seleção dos participantes do Congresso foi extremamente cuidadosa para garantir que a maioria das pessoas ali presentes fossem a favor do oralismo e reagissem negativamente aos discursos a favor das línguas gestuais.
O resultado do Congresso foram oito resoluções que garantiam a hegemonia do oralismo:
A primeira resolução atestava a superioridade da articulação, declarando ser esta a melhor forma de reinserção das pessoas surdas à sociedade e ser o método oral o melhor na educação de pessoas surdas.
A segunda resolução considera que o uso simultâneo dos gestos e da oralidade prejudica a leitura labial e a articulação das pessoas surdas, declarando que um método puramente oral deveria ser adotado.
A terceira resolução leva em consideração o enorme número de pessoas surdas nãos instruídas e que nem sempre as famílias e instituições eram capazes de suprir essa necessidade, estabelecendo então que é dever do governo assegurar que essas pessoas sejam educadas. A resolução foi aprovada por unanimidade.
A quarta resolução, considerando um método de ensino puramente oral, define que a melhor maneira de ensinar as pessoas surdas seria através de um método intuitivo usando a associação da fala com palavras escritas, e expondo as crianças desde cedo a livros e à gramatica da língua escrita.
A quinta resolução leva em consideração a falta de livros didáticos suficientes para esses propósitos, declarando então que é dever dos professores do sistema oral desenvolver e publicar os materiais necessários.
A sexta resolução baseia-se nos resultados de estudos com pessoas surdas que já não estavam mais na escola, e declara que essas pessoas não perderam suas habilidades de fala e leitura labial, mas sim as aprimoraram através da prática e leitura. Sendo assim fica estabelecido que pessoas surdas devem comunicar-se usando apenas a fala.
A sétima resolução leva em consideração as necessidades especiais do ensino de pessoas surdas, e recomenda a idade dos oito a dez anos como a melhor época para que as crianças surdas comecem sua vida escolar. Estabelece também que a educação dessas crianças deve durar de sete a oito anos, e que as classes devem ter até dez alunos.
A oitava resolução estabelece uma mudança gradual no método de ensino de instituições que faziam uso da língua de sinais, eliminando pouco a pouco o ensino por meio das línguas de sinais e implementando o método oral.
Impacto do Congresso de Milão na educação dos surdos.
Apenas 100 anos depois iniciou-se o árduo processo de rejeição das resoluções do Congresso de Milão e a reestruturação da educação das pessoas surdas. Somente em julho de 2010, no 21º Congresso Internacional de Educação de Surdos (sediado em Vancouver, Canadá) houve uma votação formal e todas as oito resoluções do Congresso de Milão foram rejeitadas.
Autores: Profa. Dra. Kelly Priscilla Lóddo Cezar e Luiz Gustavo Paulino de Almeida.

Referências:
UFSC. Historicismo: o Conflito no Congresso de Milão 1880. Disponível em: . Acesso em: 27 Dez. 2019

PHAFFALIBRAS.BLOGSPOT.COM. Congresso de Milão. Disponível em: . Acesso em: 27 Dez. 2019

HUGO EIJI. Congresso de Milão. Disponível em: . Acesso em: 27 Dez. 2019.

JAMIE BERKE. The Milan Conference of 1880: When Sign Language Was Almost Destroyed. Disponível em: . Acesso em: 27 Dez. 2019.

LEANDRO AUGUSTO. O Congresso de Milão - 1880. Disponível em: . Acesso em: 27 Dez. 2019.

NANCY ROURKE. Milan 1880 on the Table. Disponível em: . Acesso em: 17 Jan. 2020.


Informações do Artigo:
Publicado: 17/05/17 | Atualizado: 19/03/20 | Acessos: 76124

ALMIRC_RD
Autor:
ALMIR CRISTIANO
https://www.libras.com.br/congresso-de-milao e a data de acesso.
Em resposta à Aminadabe Ferreira Pelegrin

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Muito bom essa história, mas existem a história da educação de surdos na Itália?

Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Soniete Ferreira Bastos -
https://docs.google.com/document/d/1Hz9EQKU0CXgBQjY18xBgUSab3QYQLZ6U/edit?usp=drivesdk&ouid=105105515312954689078&rtpof=true&sd=true
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por JANAINA HELENA MOTA -
Dei uma pesquisa sobre educação dos Surdos na ESPANHA e sua historia, encontrei este dois texoto uma tese sobre a educação bilingue surdor na espanha e a historia de Pedro Ponce de Leon

Educação bilíngue, Língua de sinais, Surdo, Espanha

LETRAMENTO DE SURDOS EM LÍNGUA ESPANHOLA: UMA CONSTRUÇÃO POSSÍVEL? Marília Silva Dias Orientador: Vanderlei José Zacchi

Trechos desta tese: ´A lei 11.161, de 2005 e chamada de Lei do Espanhol, em seu artigo 1º garante que “O ensino da língua espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos do ensino médio.” Assim, esta pesquisa teve como sujeitos participantes apenas os alunos matriculados neste nível de ensino. Optei por desconsiderar os matriculados nos 1ºs anos por ser o primeiro contato deles com a língua espanhola e por não possuírem intérprete nas salas de aula, visto que sem o auxílio destes profissionais, seria praticamente impossível a realização desta investigação, uma vez que são eles os maiores responsáveis pela interação entre surdos e ouvintes, como poderá ser verificado nas discussões”

’ O ensino da língua adicional passa por processo semelhante de ensino que a L2, porém, no caso da língua espanhola, esse processo torna-se muito mais complexo. Como o prazo para a implementação da língua foi de cinco anos desde a publicação da lei de obrigatoriedade do espanhol, já mencionada, a maioria das escolas passou a ofertar a língua a partir do ano de 2010, fim do prazo estabelecido para o cumprimento desta lei. Esta oferta deu-se de forma desordenada, uma vez que o primeiro processo seletivo para contratação de professores ocorreu em julho do mesmo ano, ou seja, em meados do ano letivo. Isso implica dizer que os alunos, surdos e ouvintes, do Ensino Médio, puderam ter seus primeiros contatos formais com a nova língua a partir da aparição dos primeiros professores, em sala de aula, ainda que, na grade curricular, a língua fosse ofertada desde o início do ano letivo. Houve um verdadeiro atropelo de informações, metodologias, avaliações etc. e que se refletiu nos anos posteriores.’”
Referencia: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/5845/1/MARILIA_SILVA_DIAS.pdf
Pedro Ponce de León
origem: Wikipédia, a enciclopédia


O espanhol Pedro Ponce de León (1520 - 1584) foi um monge beneditino que recebeu creditos como o primeiro professor para surdos. Ponce de León estabeleceu uma escola para surdos no Monastério de San Salvador em Oña Burgos. Seus escasos alunos eram tudos crianças surdas, filhos de aristocratas ricos que tinham recursos para o confidenciar-lhe estes tutorados.

Seu trabalho com crianças surdas focalizou em ajudá-las aprender como escrebir a língua. Instruiu as crianças na escrita e em gestos simples con um alfabeto bimanual. Ponce de León não se tornou conhecido por desenvolver uma trabalho com língua de sinais. Ponce de León teria desenvolvido um alfabeto manual que permitia ao estudante que aprendesse a soletrar (letra por letra) toda a palavra. Os pesquisadores modernos analisam se este alfabeto foi baseado, integralmente ou em parte, em simples gestos con as duas mãos. O alfabeto unimanual publicado por Juan de Pablo Bonet em 1620, foi distinto do alfabeto bimanual usado por Ponce de León.

O trabalho de Ponce de León com os surdos foi considerado de grande importância por seus contemporâneos. A maioria dos europeus no século XVI, acreditava que o surdos eram incapazes de sererm educados. Muitos acreditavam que o surdos nem mesmo poderiam ser educados como cristãos, deixando-os à margem da sociedade.
Em resposta à JANAINA HELENA MOTA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por JANAINA HELENA MOTA -
Fazendo mais busca sobre a educação de surdos na Espanha encontrei tambem esta texto ;"Com relação à Educação Especial, a Espanha é um dos países
precursores os pressupostos e princípios da escola inclusiva, acumulando certa
experiência na dinâmica desse processo e assimilação dos novos conceitos e
desafios impostos pelos paradigmas de uma nova dimensão frente à escola. E a
Espanha tornou-se também pioneira na educação de surdos, considerada “berço”
das iniciativas educacionais com estes indivíduos por meio do professor e Frei
Beneditino Pedro Ponce de León – o mesmo ensinou a falar, vários surdos de
nascimento, filhos de aristocratas ricos que tinham recursos para confidenciar lhes estes tutorados (GASCÓN; STORCH, 2004). De acordo com Tiana Ferrer
(2004), a Espanha tem alcançado um nível expressivo de desenvolvimento, que
tem afetado os diversos aspectos da vida social, política, econômica e cultural
daquela sociedade, e que consequentemente influenciam na produção científica
das mais distintas áreas e, neste tocante, à educação de surdos."
retirado da texto original que é https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/viewFile/89745/54636
aonde finaliza da seguinte forma.
Educação de surdos na Espanha: análise bibliométrica em bases de dados de teses doutorais (1987-2017)
" Em relação às modalidades comunicativas, atualmente o debate principal
está entre a língua oral e o bilinguismo, e ainda considerando os diferentes
sistemas complementares que apoiam a comunicação como, por exemplo, o
bimodalismo e a palavra complementada. Em visto disso, deve-se levar em
conta que a escola e os profissionais devem se adaptar ao aluno surdo e não
visar impor um sistema de comunicação ou outro porque é o que está “na moda”
e sim, considerar suas características, necessidades e possibilidades de cada um,
conduzindo assim os envolvidos ao sistema mais adequado de comunicação.
Assim, o debate sobre a educação de surdos deve ser pautado em qual o método
Educação de surdos na Espanha .
comunicativo mais apropriado para cada caso e quais devem ser os elementos
mais adequados para a educação de “tal” aluno surdo."
Deste modo muda-se o pais mas as questões entre o oralismo, bimodalismo e o biliguismo continuar a ser recorrentes.
Em resposta à JANAINA HELENA MOTA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Parabéns, muito bem!

Essa é a verdadeira história sobre o Ponce de León. Me deixou curiosa, como é a educação de surdos e movimento surdos na atualmente.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por LUCIANA DE FATIMA AZAMBUJA DE LIMA -
Na Argentina, a primeira escola privada para surdos, foi fundada pelo mestre alemão Carlos Keil em 1857. Alguns anos depois, a família italiana teve três filhos, mas um surdo, José Antonio Terry, que nasceu em Buenos Aires no ano de 1878. Seu pai era um político argentino, deputado e senador do parlamento nacional e Ministro das Finanças e dos Negócios Estrangeiros. Terry viajou para Europa (Inglaterra, Espanha e a Itália). Sua viagem durou sete anos visitando museus e círculos de artes, até completar sua formação de pintor. Em 1911, ele retornou para Argentina, trouxe a Língua Italiana de Sinais – LIS e sua experiência lá da Itália. Ele promoveu a fundação da primeira Associação de Surdos de Ajuda Mútua no dia 30 de junho de 1912, que foi a primeira associação da América Latina, com objetivo de defesa dos direitos da Comunidade Surda, dirigida exclusivamente por surdos como indicado na Constituição com Entidade Pública Beneficio Nº 89. Seu pai fez proposta para o governo argentino, que ofereceu um prédio. Após a Primeira Guerra Mundial, muitos imigrantes italianos surdos voltaram para a Argentina, a influência da língua italiana dos sinais – LIS no início da educação, após associação e mais tarde a luta pelos seus direitos em diversas áreas, até nos dias de hoje.
Em 1941, foi fundada da Associação de Surdos de La Plata. - Em 1957, criou uma Associação Nacional, a Confederação Argentina de Surdos – CAS. - Em 1970, criou uma Associação de Surdos Orais
Não há a lei nacional Lengua de Señas Argentina - LSA é reconhecido apenas por algumas leis provinciais; não é ainda no país. Mas a convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiências – CDPD e sua ratificação pela Lei nº 26.378, é um ponto de referência legal para o tratamento de aspectos específicos de pessoas surdas, a linguagem gestual e sua cultura.
A convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiências – CDPD relaciona com a Língua de Sinais na Educação. Artigo 24: 3. (...) Os Estados Partes tomarão as medidas apropriadas, incluindo: B) Facilitar a aprendizagem da linguagem gestual e a promoção da identidade linguística dos surdos; (C) Certifique-se de que a educação de indivíduos, particularmente crianças cegas, surdas ou surdo cegos, é fornecida nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados a cada pessoa e em ambientes que lhes permitam alcançar sua maior conquista acadêmica e social. 4. A fim de contribuir para a realização deste direito, os Estados Partes tomarão as medidas adequadas para empregar professores, incluindo professores com deficiência, que sejam qualificados em linguagem gestual ou em Braille e para treinar profissionais e funcionários que trabalhem em todas as línguas.
Não há legislação sobre a presença de intérprete de LSA nas instituições de Ensino Superior.
Tem uma Associação Argentina de Tradutores e Intérpretes (Asociación Argentina de Traductores y Intérpretes – AATI). Somente o curso básico de Lengua de Señas Argentina – LSA nas Associações de Surdos, mas não há a formação de tradutores/intérpretes de língua de sinais
Em relação ao Brasil na Argentina um maior número de pessoas surdas utiliza a implante coclear e o uso de oralismo.
A Lei Nº 24.449 da Lei Nacional de Trânsito do dia 23 de dezembro de 1994 na emenda 26.363, prevê que os surdos podem dirigir, mas aconteceu nova lei sobre a Agência Nacional de Segurança Rodoviária estabelecido pela 207/09 disposição, inter alia, as escalas, que é a tabela de requisitos para lidar com diferentes tipos de licenças. Não é evidente que as pessoas com anacusia (surda) ou perda de audição Severa, são impróprios para dirigir.
Lei Nº 25.635, de 01 de agosto de 2002 Cada uma das empresas de transportes públicos terra para fornecer transporte gratuito para pessoas com deficiência. Decreto Nº 38/2004, de 09 de janeiro de 2004. Ele estabelece que o certificado de deficiência dada pela Lei No. 22.431 e suas alterações documento válido para acessar o direito de viajar gratuitamente em diferentes tipos de transportes públicos terra.
Comparando as políticas dos direitos humanos da comunidade surda da Argentina e Brasil, nosso país tem muito mais leis, lutas, movimentos sociais e políticas., há uma dificuldade de união da própria comunidade surda, para lutar pelas políticas, há divergências entre os próprios surdos para organizar movimentos para lutar por leis que favoreçam os mesmos.

Referecia:
Krause, Keli;Lopez, Laura Cecília - POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A COMUNIDADE SURDA ARGENTINA E BRASILEIRA: UM ESTUDO COMPARATIVO NA ÓTICA DOS DIREITOS HUMANOS- file:///C:/Users/jjpas/Documents/EBIS%202021/Curso%20Mec/Argetina.pdf
Em resposta à LUCIANA DE FATIMA AZAMBUJA DE LIMA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Gostei muito esse texto, será que foi a primeira associação da América Latina.

Parabéns!

Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Fabiano Monteles Sousa -
Segundo informações apresentadas no COINES (2019) em palestra sobre A história da educação de surdos na Colômbia, naquele ano o país apresentava 554 mil pessoas surdas, sendo que 46% dos surdos utilizavam Língua de Sinais Colombiana (LSC) e 37% não utilizavam a língua de sinais. A Colômbia é um país multilíngue, com escolas inclusivas e escola bilíngues cuja realidade é bem diferente do Brasil.
De acordo com Colômbia (2006) pouco se saber sobre as origens da LSC devido a ausência de registros escritos sobre esse começo. Entretanto, sabe-se que essas origens remontam ao ano de 1920 em um internato católico bogotano. Em 1957, surge a primeira associação de surdos em Bogotá e um ano depois outra em Cali. Considera-se que a LSC teve influência da Língua de Sinais Espanhola através de imigrantes ou de surdos colombianos educados na Espanha nos anos 50.
Nos anos 70, a presença de missionários protestantes dos Estados Unidos e a formação de especialistas ouvintes nesse país marcaram uma forte influência da Língua de Sinais Norte-Americana na LSC.
Um marco importante no país é a lei n° 324 de 1996 que reconhece a LSC como língua de sinais própria da comunidade surda do pais. A Colômbia tem o Instituto Nacional para Sordos (INSOR) que de acordo com a palestra do COINES (2019) diferentemente do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), aquele não apresenta estudantes, mas faz parte de uma rede de apoio importante para educação de surdos no país. O país também apresenta a Federación Nacional de Sordos de Colombia (FENASCOL), fundada no ano de 1984, que trabalha pela defesa dos direitos da população surda do país.
De acordo com COINES (2019) a educação de surdos no país apresenta algumas dificuldades, tais como: dificuldade de agrupar crianças surdas por questões geográficas, famílias sem conhecimento a respeito dos filhos, formação dos profissionais a ser melhorada e intérpretes com pouco tempo de percurso e experiência com a LSC.

Referências:
COLÔMBIA. Diccionario básico de la lengua de señas colombiana. Ministerio de Educación Nacional: 2006. Disponível em: < https://www.guiadisc.com/wp-content/uploads/2012/07/diccionario-lenguaje-de-senas-colombiana-parte-1.pdf> Acesso em: 20 dez. 2021.
INES DDHCT. COINES 2019 Educação de Surdos - Conhecendo a educação de surdos na Colômbia. Rio de Janeiro: INES DDHCT, 2019. Disponível em: Acesso em: 15 dez. 2021.

Os links para aqueles que tiverem vontade conhecer um pouco mais da LSC e educação de surdos na Colômbia
https://www.insor.gov.co/home/
https://www.fenascol.org.co/
Em resposta à Fabiano Monteles Sousa

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Parabéns, não conheço essa história, mas gostei.

Obrigada!
Em resposta à Lidiane Cristina Coelho

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Sinval Fernandes de Sousa -
Boa tarde colegas de curso.

Minha pesquisa é relacionada a Uganda.

Na África Oriental existe um país chamado Uganda seu nome é derivado de Buganda, um reino de grande poder que existiu na África no século XIX, sua capital é Kampala. Sendo este um país com várias línguas diferentes. Há quarenta línguas nativas vivas em Uganda, que podem ser agrupadas em três famílias linguísticas principais: Bantu, Sudão Central e Nilótica. Dois idiomas adicionais falados no país vêm da família da língua Kuliak. O inglês foi adotado durante o colonialismo do país e continua sendo uma língua oficial. Swahili, que tem significado regional, é também um oficial e também foi adotado pela nação, cerca de dois terços da população seguem o cristianismo, outros ugandeses são muçulmanos ou praticam as religiões africanas tradicionais.
Esse país viveu décadas sob regimes políticos ditatoriais, enfrentam vários problemas de ordem socioeconômica como falta de saneamento ambiental o que reflete nas altas taxas de mortalidade infantil e baixa expectativa de vida. Outro fator social negativo se refere no elevado índice de analfabetismo – 27% dos habitantes com idade superior a 15 anos são analfabetos. O país também registra altas taxas de desemprego, e a maioria da população vive abaixo da linha de pobreza.
De acordo com estimativas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, a África Subsariana tem uma das maiores taxas mundiais de surdez incapacitante em crianças, isso porque um grande número de pessoas tornam-se surdas depois de contrair doenças endêmicas como sarampo, a papeira ou a malária.
A educação de surdos em Uganda começou quando o país se tornou independente da Grã-Bretanha no início dos anos 1960. A Língua de Sinais Ugandense (UgSL) é usada em um país com grande diversidade linguística, portanto, é apropriado referir-se ao multilinguismo neste contexto em vez de ao bilinguismo, como é o caso em todo o continente africano.
Entre tantas culturas e línguas no país a Escola para Surdos de Uganda é a primeira escola para surdos de Uganda e foi estabelecida em 1959 pela Sociedade para Surdos de Uganda em Namirembe em um terreno alugado da igreja de Uganda e inaugurada em 1961, e posteriormente estabelecido fundação da Escola Regional para Surdos de Ngora em 1969 em Kumi, Uganda oriental. A primeira instituição é uma escola primária apoiada pelo governo que reúne todas as categorias de crianças surdas, incluindo crianças surdas com deficiências múltiplas. A escola mudou-se para o seu novo local em Ntinda, lote 18 da estrada Ntinda, a 5 km da cidade de Kampala em 1989.
Depois de um longo período, em 1995, o governo de Uganda reconheceu a Língua de Sinais Ugandense como um direito constitucional das comunidades surdas do país. No entanto, apesar de seu estatuto legal, a UgSL ainda é pouco usada (e promovida) nas regiões rurais do país, onde milhares de surdos enfrentam um sem fim de privações, comuns a boa parte da África-subsaariana.
Atualmente, existem 11 escolas primárias para surdos em Uganda e duas escolas secundárias para surdos. Hoje não existe uma política específica para educação de surdos. Isso é presenciado no vídeo “Patrick Speaks”, produzido pela rede britânica que apresenta a situação de Patrick Otema, que nasceu surdo, e com 15 anos teve sua primeira aula de Língua de Sinais Ugandense, antes sem acesso a língua e muito menos a uma educação bilíngue. Esse vídeo traz consigo a importância de políticas educacionais e linguísticas para surdos, pois demonstra que além do restrito acesso a sua língua e entre tantas culturas a sua nem chega a ser vivenciada. Pois o direito a educação é para todos e o uso da sua língua é necessária para que se tenha uma melhor compreensão do mundo.

Referências bibliográficas:
Jepsen, Julie Bakken; De Clerck, Goedele; Lutalo-Kiingi, Sam; McGregor, William B. (2015). Sign Languages of the World (A Comparative Handbook) || 33 Ugandan Sign Language.
https://culturasurda.net/2015/01/04/patrick-speaks/
https://www.porsinal.pt/index.php?ps=destaques&idt=rep&iddest=236
https://escola.britannica.com.br/artigo/Uganda/482738
Em resposta à Sinval Fernandes de Sousa

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Que interessante essa história, já assisti esse vídeo, mas não sabia essa história.

Muito bem, parabéns!
Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Sandra Bueno da Silva Duarte -
História da Educação dos Surdos em Portugal
A história da educação dos surdos em Portugal divide-se em três períodos: 1º - Metodologias gestuais com suporte na escrita de 1823 a 1905; 2º - Metodologias oralistas de 1906 a 1991; e 3º - Implementação e desenvolvimento do Método de Educação Bilíngue para Surdos, a partir de 1992.
O ensino dos surdos em Portugal vem desde o reinado de D. João VI, quando a pedido da sua filha mandou chamar a Portugal um professor sueco, Per Aron Borg, para formar no nosso país um instituto para “surdos-mudos”. O Instituto ficou no Palácio Conde de Mesquitela tendo depois passado para a tutela da Casa Pia de Lisboa, e mais tarde devido a desentendimentos, foi tornado independente. Neste tempo, entre 1823 e 1828, a comunicação entre professor e aluno era baseada no Método Gestual e na Dactilologia e tinham como pressuposto que os surdos deveriam ter acesso à leitura e à escrita e a uma profissão que proporcionasse a sua autonomia e independência económicas. Este método foi também usado com Crespim da Cunha entre 1833 e 1834.
Em Fevereiro de 1834 o instituto passa novamente a ser administrado pela Casa Pia, o que o faz entrar em decadência, sendo extinto em 1860. Durante 10 anos não registo do que terá acontecido com este tipo de ensino.
Ressurge novamente em 1870, com o Padre Pedro Maria Aguilar que abre um curso gratuito para “surdos-mudos”, em Lisboa. Em 1872 funda em Guimarães um instituto para o ensino de “surdos-mudos”, que veio a encerrar por falta de recursos. Em 1877, com uma ajuda da Câmara Municipal do Porto, funda o instituto de “surdos-mudos” do Porto, que depois da sua morte ficou confiado ao seu sobrinho, Eliseu Aguilar. Em 1887, este foi convidado para dirigir o instituto de “surdos-mudos” de Lisboa, sendo extinto o do Porto. O método usado neste tempo terá sido o da Mímica e da Linguagem Escrita.
Em 1891 Eliseu Aguilar é suspenso sendo o instituto dirigido por João José Teixeira e é nomeado professor José Miranda de Barros, que usava o Método Oralista, criticando o uso da LG.
Em 1900, a Câmara Municipal de Lisboa remodela o ensino dos surdos, fazendo a separação dos sexos e em 1905 são extintos os asilos municipais.
No Porto, só em 1893 é que é inaugurado um instituto por José Rodrigues Araújo Porto, sendo designado por Instituto de Araújo Porto. É convidado para professor Joaquim José Trindade e são enviados  a Paris para estudar, Luís António Rodrigues e Nicolau Pavão de Sousa, que regressam imbuídos do espírito oralista.
Paralelamente vai-se desenvolvendo também o ensino particular com o Padre Cândido José Aires e Sebastião Leite Vasconcelos, no Porto, e com Madre Teresa Patronila, em Lisboa.
Entra-se no 2º período em que a Casa Pia de Lisboa solicita o governo português a reorganizar o Instituto de “surdos-mudos”. Assim, em 1913, o instituto, que até aqui era uma secção da Casa Pia de Lisboa, passou a denominar-se oficialmente de Instituto de “surdos-mudos” Jacob Rodrigues Pereira (IJRP). Em 1942 dão-se remodelações no IJRP em que 22 alunas surdas são entregues à Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição (CIFIC), que mais tarde são transferidas para o Instituto de Surdos Araújo Porto, passando este a ser dirigido pela CIFIC, em 1947, e enviando os alunos do sexo masculino para o IJRP.
Em 1950, o Provedor Campos Tavares vai ao Congresso Internacional de Groningen, informando-se do Método Materno-Reflexivo de ensino de surdos, e em 1951 a um congresso em Roma. Após estes dois congressos toma duas medidas: cria, em 1952, a Associação Portuguesa para o Progresso do ensino de Surdos e envia o professor António Amaral para se especializar no ensino de surdos no Departamento da Universidade de Manchester. Quando regressa é nomeado director do IJRP. Em 1963 é nomeado para director do IJRP o professor Carlos Pinto Ascensão que desenvolve o Método Oralista; em 1979 é criado o centro de diagnóstico e despiste da surdez e em 1986 são inauguradas as novas instalações no IJRP.
Entre 1906 e 1991 as metodologias são baseadas no Método Oralista que se distingue em três métodos: o Método Natural em que preconiza o treino da fala e o treino auditivo de uma forma natural; o Método Materno-Reflexivo que se destina crianças surdas na fase pré-linguística em que podem aprender a falar uma língua materna pelo meio oral; e o Método Verbotonal que defende que a função essencial da língua é a expressão do significado através do som e do movimento.
Em 1992, o director Pinto Ascensão reforma-se, sendo substituído por Maria Augusta Amaral que se preocupou imenso com o desenvolvimento comunicativo dos surdos. Esta junto com Amândio Coutinho tinham feito uma investigação em que viram que era necessário alterar a política educativa relativamente ao ensino dos surdos, pois através do Método Oral não desenvolviam, propondo o Método Bilingue com base na LGP, a primeira língua das crianças surdas.
Trava-se então uma batalha a nível político e social para se obter o reconhecimento do estatuto da LGP, como língua materna e natural dos surdos; a introdução da LGP mas escolas; o incentivo à aprendizagem da LGP pelos ouvintes da comunidade educativa; e o contato com surdos adultos e Associações de surdos que conduzam à interiorização de modelos e condutas da cultura própria da Comunidade Surda.
Desde 1990, os surdos têm sido educados através do Método Bilíngue com base em que a educação das crianças e jovens deverá ser realizada num ambiente que possibilite o seu máximo desenvolvimento cognitivo, linguístico, emocional e social.

Link: http://surdospt.blogspot.com/2011/01/historia-da-educacao-dos-surdos-em.html
Em resposta à Sandra Bueno da Silva Duarte

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Essa história é a completa informação sobre isso, esse tempo usou mais o método oralista, até todo mundo também, depende das nossas histórias. Esse país desenvolveu muito eu acredito, só não existe a Lei Libras igual aqui.

Parabéns e obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Daniele Oliveira Torati -
Inglaterra:

A História da Língua de Sinais Britânica (BSL) é marcada pela opressão das pessoas que ouvem. Ainda na década de 1980, a língua de sinais usada pelas comunidades surdas na Grã-Bretanha era considerada uma simples coleção de gestos e pantomimas, enquanto os pais de crianças surdas eram aconselhados a não permitir que seus filhos usassem sinais ou gestos. Achava-se que isso os impediria de desenvolver habilidades de leitura labial e fala.

Visto que BSL é uma língua não escrita, sua história inicial é mal compreendida. Os poucos registros escritos sobre o uso da língua de sinais pelas comunidades surdas na Grã-Bretanha foram quase exclusivamente criados por pessoas que ouvem, o que os torna questionáveis ​​em relação à própria língua. Mas há evidências sólidas de que os surdos na Grã-Bretanha assinavam já no século 16, embora a maioria dos estudiosos acredite que eles assinaram antes.

Pensa-se que as primeiras formas de BSL moderna se desenvolveram em algum momento do século 18 e que seu desenvolvimento estava intimamente relacionado com o crescimento das cidades e usado como um padrão. Com um número maior de pessoas concentrado em uma área menor, os surdos entraram em contato com um número maior de outros surdos. Eventualmente, eles formaram comunidades que desenvolveram uma forma mais padronizada de língua de sinais, embora a própria língua continuasse a se desenvolver e mudar, assim como a linguagem falada.

A 'Braidwood's Academy for Deaf and Dumb' de Thomas Braidwood, inaugurada em 1760, é considerada a primeira escola na Grã-Bretanha a incluir a língua de sinais na educação. Ele introduziu o chamado sistema combinado, uma forma de língua de sinais que definiu os padrões da BSL como a conhecemos hoje. A escola de Braidwood, no entanto, era destinada apenas a filhos de pais mais ricos. Mas foi o parente de Braidwood, Joseph Watson, que abriu a primeira escola pública para surdos na Grã-Bretanha (o Asilo de Londres para surdos e mudos em Bermondsey) no final do século 18, após completar o treinamento com Braidwood.

Houve um grande progresso no desenvolvimento e estabelecimento do BSL como língua no século 19, mas a maioria dos surdos aprendeu a língua de sinais não oficialmente, em vez de nas escolas. Além disso, o início do século 20 viu o surgimento da oposição à língua de sinais que persistiu até a década de 1970. Crianças surdas eram desencorajadas e até punidas por sinalizar e forçadas a aprender a ortografia com os dedos e leitura labial. A atitude negativa em relação à BSL mudou apenas quando ficou claro que tal abordagem não estava apresentando resultados satisfatórios e surgiu a consciência de que a BSL é muito mais do que uma coleção de gestos e pantomimas. Apesar disso, só em 2003 é que a BSL foi finalmente reconhecida como língua oficial minoritária no Reino Unido.

Referência:
A Brief History of British Sign Language (BSL) - Uma breve história da linguagem de sinais britânica (BSL). Disponível em: Acesso em: 20 dez. 2021.
Em resposta à Daniele Oliveira Torati

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Daniele Oliveira Torati -
Olá professora, me parece que o link não foi no meu primeiro envio, coloquei entre símbolos "<" e ">" e acho que foi ocultado.
Segue novamente a referencia:

A Brief History of British Sign Language (BSL). Disponível em: https://www.signcommunity.org.uk/a-brief-history-of-british-sign-language-bsl.html

Obrigada!
Em resposta à Daniele Oliveira Torati

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Demorou, mas esse movimento surdos na Inglaterra conseguiam que queremos mesmo, gostei esse texto.

Parabéns,
Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Fernanda Barreiros Lapa Louza Argolo -
A Língua Gestual Chilena – LSCh
A língua gestual chilena ou língua de sinais chilena é a língua utilizada pelos surdos do Chile para se comunicarem. É usada por uma população de cerca de 845.800 surdos e 7 instituições.
Como todas as línguas, possui sintaxe, gramática e léxico próprios.

No Chile, a maioria das pessoas ainda considera a surdez apenas como deficiência física e não como uma identidade cultural, com isso percebemos que não se é aceita culturalmente.

Com o objetivo de desenvolver as suas necessidades, os surdos ajudados pelos ouvintes formaram uma rede nacional de associações de distintas categorias: atléticas, dramáticas, estudantis, literárias como a CRESOR, CONASOCH e ainda religiosas como nas Testemunhas de Jeová.

O professor Patricio Levin, da Escuela de Sordos Santiago Apóstol, no Chile, veio ao Brasil em 2016 e relatou um pouco da história das escolas de surdos no Chile e da língua de sinais chilena, além de mostrar os obstáculos que o país enfrenta nessa área.
Ele disse que “nas escolas inclusivas de lá, também há falta de intérpretes e de um ensino orientado aos alunos surdos. Mesmo na escola bilíngue em que trabalha, os materiais didáticos são adaptados, feitos pelos próprios professores da instituição.
O professor acredita que o Brasil se encontra a frente do Chile, pois lá até o ano citado só havia dois surdos com títulos de mestre.

Para Levin, ainda é preciso discutir a aquisição da língua de sinais como primeira língua antes de se exigir o domínio da escrita. "Temos que pensar no que estamos ensinando. A língua de sinais não é algo que se dá aos surdos para agradá-los ou ajudá-los a entenderem melhor. A língua de sinais é um direito. A criança surda tem o direito de ser educada nesta língua"
Pelo que pude observar a língua de sinais chilena se baseia em línguas gestuais de países como Espanha, México e Argentina.


Referência:
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_gestual_chilena
https://www.ines.gov.br/noticias/57-portal-noticias/252-forum-bilingue-do-ines-recebe-professor-do-chile-para-debater-lingua-de-sinais
Em resposta à Fernanda Barreiros Lapa Louza Argolo

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Que perfeita essa história, queria ler mais esse assunto.
Olha só os quantos surdos existem no Brasil? "De acordo com dados do IBGE, esse número representa 10 milhões de pessoas surdas." 

Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Nadjane Brandão de Amorim dos Santos -
Olá, tenho buscado informações sobre a história de da Educação de Surdos no Uruguai e na Argentina. Confesso que não tenho encontrado muitas informações, mas li um artigo bem interessante de Krause e Lopez, 2017 comparando as conquistas nas Políticas Públicas entre Brasil e Argentina. Como, na vídeo aula, a professora explicou sobre a história da Educação dos Surdos no Brasil, vou relatar sobre a Argentina.
Segundo as autoras acima, a primeira escola de Surdos fundada na Argentina era uma instituição privada e seu fundador foi o mestre alemão Carlos Kelli, no ano de 1857.
Em 1878, nasce em Buenos Aires, um surdo de família italiana, José Antonio Terry, que passou sete anos em viagem pela Europa visitando lugares artísticos e após se ter sua formação como pintor concluída, em 1911, retornou à Argentina trazendo consigo a experiência de todo esse tempo de formação assim como da Língua Italiana de Sinais (LIS).
Terry então, funda, em 1912, a primeira a primeira Associação de Surdos de Ajuda Mútua, considerada a primeira associação da América Latina. Seu objetivo era defender os direitos da Comunidade Surda argentina como previsto na Entidade Pública Beneficio Nº 89.
Sendo o pai de Terry um político argentino, deputado e senador do parlamento nacional e Ministro das Finanças e dos Negócios, fez proposta para o governo argentino, que ofereceu um prédio.
E como após a Primeira Guerra Mundial, muitos imigrantes italianos surdos voltaram para a Argentina", houve uma forte influência da Língua Italiana de Sinais na Comunidade Surda argentina, que são refletidas até os dias atuais, após a criação da Associação assim como na luta dos direitos surdos em diferentes áreas.
Ainda conforme o artigo das autoras:
Não há dado do censo, embora a comunidade já o tenha pedido ao governo;
Não há uma lei nacional reconhecendo a Lengua de Señas Argentina - LSA , apenas em algumas províncias;
Não há legislação sobre a presença de intérprete de LSA nas instituições de Ensino Superior;
Não tem especialistas, mestres e doutorados surdos argentinos;
Tem uma Associação Argentina de Tradutores e Intérpretes (Asociación Argentina de Traductores y Intérpretes – AATI);
Aceita-se a formação de nível de curso básico de Lengua de Señas Argentina – LSA nas Associações de Surdos, mas não há a formação de tradutores/intérpretes de língua de sinais.
Elas citam muito mais questões em relação ao direito da pessoa surda, formação de TILSP. Deixarei o link do artigo abaixo para quem desejar se apronfundar  no assunto:
http://www.congresso2017.fomerco.com.br/resources/anais/8/1504024447_ARQUIVO_Artigocompleto_Keli2.pdf.
Em resposta à Nadjane Brandão de Amorim dos Santos

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Que interessante, queria ler mais assuntos, será que até agora a mesma coisa?

Parabéns, muito bem!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Tânia Maria Gomes -
Boa noite!

Segue a seguir o link do texto sobre a pesquisa da Educação de Surdos na Alemanha
Em resposta à Tânia Maria Gomes

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Parabéns,

Gostei esse texto que você fez, essa história é bem triste, como todo mundo sabemos.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Ronisa Figueiredo -
Tentei pesquisar sobre a língua de sinais na África, mas não encontrei muita coisa, achei alguns fatos interessantes sobre Angola:
A Língua Gestual Angolana (LGA) é a língua gestual (ou língua de sinais) através da qual grande parte da comunidade surda, em Angola, comunica entre si. Tem seu dicionário em formato de livro e CD com 800 palavras, para além de ter a interpretação gestual do hino nacional de Angola.
Há vinte e três surdos professores da LGA com formação pedagógica dos quais treze já trabalham como professores.
Na República de Angola durante mais de cinco anos foi desenvolvido o Projeto para o Estudo Desenvolvimento e Uniformização da LGA, investigação realizada por uma equipa de treze surdos, membros da Associação Nacional de Surdos de Angola (ANSA) e dois especialistas do Ministério da Educação (MED) que são técnicos superiores, pertencentes ao Instituto Nacional para a Educação Especial (INEE).
Esta equipa viajou às diferentes províncias onde as comunidades surdas são significativas filmando conversações, para verificar o nível de comunicação entre os surdos da capital de Angola, Luanda, e os surdos das províncias visitadas, comprovando que há uma comunicação fluída entre os mesmos.
Da mesma maneira toda a informação obtida e recompilada na investigação foi utilizada para fundamentar, justificar e demonstrar linguisticamente a existência da LGA como uma língua bem estruturada, e mais adiante foi elaborada a primeira gramática da LGA.
Em 2012, em Angola foi realizada a Primeira Formação de Intérpretes da Língua Gestual Angolana (LGA), para contribuir na diminuição das barreiras na comunicação entre surdos e ouvintes angolanos, existem alguns falsos intérpretes que podem ser apresentados na televisão, criando confusão entre os membros da comunidade surda angolana, como também no seio da sociedade, pois empregam gestos que nada tem a ver com a LGA; este facto acontece porque a LGA ainda não tem um reconhecimento oficial, embora existem documentos que avaliam e alicerçam a LGA como uma verdadeira língua.
http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/educacao/2007/10/48/Ministerio-Educacao-lanca-Dicionario-lingua-gestual-angolana,7a64eb49-4d02-40b9-9952-34dfaeb05dbf.html
http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2012/11/49/ANSA-apela-reconhecimento-aprovacao-lingua-gestual,f138595e-2920-4875-bbc8-00920aae704f.html
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Edicléia Fátima Miranda Damski -
De acordo com a pesquisa realizada e fundamentada na História da Educação dos Surdos na Venezuela esta não foi diferente dos demais países. Visto que, temos as informações que neste país os surdos foram silenciados em suas manifestações culturais, linguísticas, artísticas, em nome de uma suposta superioridade logocêntrica ouvinte. Outro fator de impacto é que o surdo era oprimido, sofriam práticas de discriminação e injustiças.
O oralismo também estava presente causando impactos destrutivos e irreparáveis na vida das pessoas surdas.
Sánchez destaca como características marcantes do período pioneiro de experiências educativas: o ensino da fala e da leitura labial; a utilização da soletração manual como apoio para o ensino da escrita; e a educação de caráter individual, dispensada a poucos jovens surdos oriundos de famílias nobres e influentes, desenvolvida por preceptores, cujo objetivo era manter direitos de herança e propriedade que pudessem lhes ser negados em função da condição da surdez.

REFERÊNCIA
SÁNCHEZ, Carlos. La inacredible y triste historia de la sortear. Merida, Venezuela: CEPROSORD, 1990. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/qS4FBw6vtHxVPVPF6SMwsfp/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 21 dez 2021.
Em resposta à Edicléia Fátima Miranda Damski

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

É difícil achar essa informação sobre a história da educação de surdos na Venezuela?

Obrigada e parabéns.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Thiago Massahide Nakahata -

Olá professora Lidiane e demais,

Assistir um vídeo sobre a Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos, em um link abaixo:

Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1eb7n4_b9jQxbot4x27PVktO6UCocee-B/view?usp=sharing. Acesso em 22 dez. 2021
Por favor assistir até o final, sobre a desautorização

Obrigado, Thiago.

Em resposta à Thiago Massahide Nakahata

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Fico muito feliz que você fez o vídeo em Libras, percebi que é o único vídeo aqui. Gostei a sua explicação.

Parabéns! :)
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Kállitta Marrielly Cardoso Castro -
A Língua de Sinais Coreana
A Coreia possui sua Língua de Sinais. A chamada Hanguk Suo ou simplesmente Suo ou ainda KSL (sigla em inglês para Korean Sign Language). A Língua de Sinais se tornou a língua oficial na Coreia em 2105– no país, em 3 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional da Língua de Sinais.A Língua de Sinais Coreana (수어) faz parte da mesma família da Língua de Sinais Japonesa (JSL), isto se deve ao fato de a Coreia possuir uma longa história como país colonizado pelo Japão.
O Japão ocupou Taiwan de 1895 a 1945 e a Coreia de 1910 a 1945, durante este longo período, professores japoneses estabeleceram escolas para surdos em Taiwan e na Coreia. O resultado foi uma influência significativa da JSL no 수어 (Suo) e no TSL, com os usuários das três línguas tendo hoje entre 60% e 70% de compreensão entre elas. Ou seja, é como se fosse a relação e semelhança entre o Português e o Espanhol, ou ainda, o português na variante do Brasil e o português de Portugal. Isto contrasta fortemente com as línguas faladas nos três países, que são bem distantes umas das outras.
Mesmo com escolas japonesas voltadas para o ensino dos surdos, grande parte dos surdos não tinha acesso à língua de sinais. Em 1889 teve início um movimento para auxiliar os cidadãos surdos na Coreia, o que resultou na abertura de um centro educacional no país para pessoas com deficiência. No entanto, a pesquisa e a formação de grupos de estudo semiformais só começaram no início dos anos 2000, e foi apenas em 2008 que surgiu a primeira proposta de lei para proteger os direitos dos surdos.
As duas principais conquistas da lei foram o reconhecimento legal da 수어 (Suó) como uma das duas línguas oficiais do país e o direito de todos os cidadãos terem oportunidades educacionais, recreativas, culturais e religiosas, sejam eles surdos ou não.
Consequentemente, o governo procurou implementar a lei através do fornecimento de orçamento, treinamento, tradução e interpretação, quando necessário.
Após muita luta para garantir os direitos dos surdos no país, a Coreia teve grandes avanços e hoje conta com universidades que ensinam disciplinas inteiramente na 수어 (Suó) e são dedicadas ao treinamento de professores da língua como a Universidade Nacional de Bem-Estar da Coreia. É oferecido um mestrado em língua de sinais e programas separados que ensinam a aquisição e o aprimoramento da 수어 (Suó) desde o início da vida.
Apesar do crescimento, há muito trabalho e melhorias para serem feitas na língua, com isso, o governo sul-coreano criou uma forma de gerenciar e catalogar a língua através do Instituto Nacional da Língua Coreana (NIKL), que é uma agência governamental encarregada de fornecer comentários confiáveis ​​sobre a língua coreana em geral. O NIKL, junto com o Ministério da Cultura, Esportes e Turismo, trabalhou para padronizar a 수어 (Suó) a partir de 2000, publicando o primeiro dicionário oficial da língua em 2005, bem como um livro de frases comuns em 2012.


Referência
https://revistakoreain.com.br/2021/11/conheca-a-historia-e-as-estruturas-da-suo-a-lingua-de-sinais-coreana/
Em resposta à Kállitta Marrielly Cardoso Castro

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

É em 2105 ou 2015 (A Língua de Sinais se tornou a língua oficial na Coreia em 2105)?
Gostei esse texto, percebi que essa educação de surdos melhorou muito.

Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por SIMONE CARVALHO DO PRADO DOS SANTOS -
Na Educação de surdos do Paraguai, de acordo com Falcão (2012):

"Os professores não reconhecem a necessidade de diferenciar o ensino oroauditivo do visuogestual através de estratégias distintas que atendam a especificidade da educação de surdos, nem mesmo quanto ao uso da Língua de Sinais do PY, o que resulta na concepção de que a educação especial, distinta e segregada, seja ainda a mais adequada para os surdos." (...) "Os resultados demonstraram que embora haja conhecimento por parte de alguns professores em como lidar com a especificidade da surdez e da Língua de Sinais, estes saberes estão restritos a alguns professores da educação especial limitados aos poucos departamentos que possuem Escola Especial de Surdos, o que não reflete em mudanças efetivas e significativas a nível Nacional. Constata-se que a educação escolar no Paraguay possui Resolução e Programas que coadunam com as intenções mundiais na perspectiva de atender ao processo de inclusão mundial. Contudo, tudo passa despercebido pelos professores quando a grande maioria desconhece as políticas de educação inclusiva tanto em
âmbito nacional quanto em âmbito internacional. "

Como a escrita dessa tese deu-se em 2012 é muito provável e desejável que mais avanços tenham acontecido, entretanto, esperava encontrar mais informações sobre o nosso vizinho Paraguai e verificar como toda a movimentação e discussão em torno da educação bilíngue para surdos aqui no Brasil, este ano, repercutiu lá. Não encontrei essas informações. Uma maior integração entre os países vizinhos poderia resultar em melhores e mais fortalecidas construções nessa área para ambos.
Em resposta à SIMONE CARVALHO DO PRADO DOS SANTOS

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Regina Silva -
Educação de surdos no Japão
No Japão a língua gestual é chamada de Nihon Shuwa (日本手話), também conhecida pela sigla JSL (Japanese Sign Language). Antigamente outro termo bastante usado para a língua gestual era ‘Temane’ (てまね).
O Nihon Shuwa foi reconhecido oficialmente em 2011. Ela é um pouco diferente das línguas gestuais ocidentais, assemelhando-se mais à língua gestual usada em Taiwan e Coreia do Sul. Na Língua Gestual Japonesa, não se utilizam somente as mãos e os braços, mas também expressões faciais como um todo, incluindo os olhos, as sobrancelhas e a boca.
Atualmente há no Japão cerca de 107 escolas para surdos. A primeira escola foi aberta em Kyoto em 1878. Cerca de 80% dos surdos entendem o alfabeto datilológico e apesar do país oferecer uma boa acessibilidade aos surdos hoje em dia, a luta pelos seus direitos e pela inclusão na sociedade ocorreu de forma bastante lenta.
Até meados dos anos 1970, as pessoas surdas no Japão tinham poucos direitos legais e pouco reconhecimento social. Geralmente, eram classificados como deficientes mentais, incapazes de obter a carta de condução ou assinar contratos. Por falta de incentivo e infraestruturas, a maioria dessas pessoas tinham que se dedicar a trabalhos manuais ou à agricultura.
Em 1862, durante a era xogunato, alguns emissários foram enviados à Europa para aprender mais sobre a surdez. Eles visitaram algumas escolas para surdos e perceberam o quanto a língua gestual podia ajudar essas pessoas. 16 anos mais tarde, Yozo Yamao, um dos emissários, ajudou a construir algumas das primeiras escolas japonesas para surdos.
Um dos primeiros professores para surdos foi Tashiro Furukawa. Ele ensinava as crianças usando yubimoji (指文字), uma língua gestual que normalmente utilizava dois dedos das duas mãos ao mesmo tempo. Com este método, as pessoas surdas conseguiam comunicar, além de aprender a pronunciar palavras, ler e escrever em japonês.
Em 2015, Tashiro Furukawa foi homenageado pelo Google Doodle pelo seu 170° Aniversário. Ele ajudou a desenvolver a Língua Gestual Yubimoji.
Podemos dizer que o Yubimoji foi a primeira língua gestual japonesa, precursora da língua usada atualmente. Depois de Kyoto, Yozo ajudou também a fundar outra escola em 1871, a Tokyo Takuzenkai Kunmouin (東京楽養会訓盲院). A partir de então, na Era Meiji, mais e mais escolas privadas para cegos e surdos foram surgindo em outras partes do Japão.
Na Era Taisho, as escolas para cegos e surdos foram separadas e as escolas para surdos pararam de ensinar a língua gestual e passaram a ensinar leitura labial conhecida como kouwa (口話). Após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se no Japão a escolaridade obrigatória e com isso a educação voltada aos surdis melhorou.
As escolas começaram a implementar métodos distintos de acordo com o grau de surdez. Assim, as pessoas poderiam receber atendimento de acordo com suas necessidades especiais. Claro que nada disso aconteceu de um dia para outro. Foram décadas de ativismo para que estas pessoas pudessem finalmente estar integradas à sociedade.

Comunidade Surda: Lutando por seus direitos
Até 1948, as crianças surdas não eram obrigados a frequentar a escola para receber uma educação formal. No final de 1940, foi criada a Federação Japonesa de Surdos (JFD) com o intuito de unir as pessoas com deficiência auditiva e promover um senso de comunidade. Em 1980, foi criada a DPRO, uma organização que argumenta que os surdos fazem parte de uma cultura diferente por usarem uma língua distinta do resto da população.
Existe uma tensão entre JFD e DPRO. Uma das maiores batalhas travadas entre elas é sobre a definição da língua gestual japonesa. O DPRO insiste que não há uma forma pura de JSL e que é uma língua completamente diferente do japonês falado. Ainda enfatizam que os surdos tem sua própria cultura, pertencendo à cultura surda em primeiro lugar.
Já o JFD, defende que o JSL (Língua Gestual Japonesa) é uma outra forma do japonês falado (e isso fez com que o JSL pudesse ser ensinado nas escolas públicas). Durante uma discussão particular entre os dois grupos, um membro da JFD chamou o DPRO de “fascistas” por estarem a incentivar a segregação, tal como acontece com outros grupos minoritários do país.
Mas o JSL tem duas defensoras de peso que fazem parte da família imperial. A Princesa Akishino estudou JSL e tornou-se uma intérprete fluente na língua gestual. Todos os anos, ela participa de reuniões e conferências relacionadas à comunidade surda no Japão, além de apoiar ações que incentivam a independência das pessoas com deficiência.
A princesa aprendeu a língua gestual na Indonésia com o objetivo de conseguir comunicar com essas pessoas nas suas habituais visitas às escolas de surdos. E a sua filha, a princesa Kako também está a estudar a língua gestual.
Muitas escolas para surdos foram fechadas ao longo dos anos. Atualmente como forma de inclusão, essas pessoas frequentam escolas regulares onde tem salas especiais com professores aptos a ensinar através do Nihon Shuwa.
Disponível em https://www.porsinal.pt/index.php?ps=destaques&idt=rep&iddest=298.Acesso 23/12/21
Em resposta à Regina Silva

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Oi,
Conheço essa história, esse Japão têm mais escolas inclusivas do que as escolas bilíngues de surdos, igual aconteceu aqui por causa da política.

Obrigada, Parabéns!
Em resposta à SIMONE CARVALHO DO PRADO DOS SANTOS

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Oi,

É difícil achar o site para a história da educação de surdos na Paraguai? Me deixou curiosa que queria saber mais assuntos esse país. Onde você achou esse site?

Obrigada, Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Adair Aparecida Neves de Oliveira -
Boa tarde.
Perdi o prazo de postagem da atividade, mas já estou me organizando para respeitar as datas, lendo as resposta e comentários dos colegas e fazendo algumas pesquisas, noto que tem muito pouco material disponível de outros países tirando os que a professora falou, não se eu que não consegui direcionar a pesquisa mas fiquei curiosa para saber a historia nos países onde a educação e mais precária, como será a historia da educação do surdo onde não se tem nem o básico?
Em resposta à Adair Aparecida Neves de Oliveira

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Boa noite Adair,

Pode postar sim por favor, têm vários sites básicos para qualquer país que você pode escolher um.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Karine Bruna do Prado Andrejeski -
A educação de surdos e cegos na França e no Brasil

Resumo
A discussão sobre a trajetória histórica da educação de surdos e cegos no Brasil ainda é necessária, tendo em vista que o discurso que os transformou em sujeitos passivos que teriam sido agraciados pela benevolência de “grandes homens” ainda ecoa nos dias atuais. Nesse sentido, a presente pesquisa objetiva apresentar o contexto do surgimento da educação de surdos e cegos na França no século XVIII e no Brasil do século XIX e delinear os impactos que a educação francesa de surdos e cegos provocou na educação brasileira para tal público alvo. O recorte temporal estabelecido para o estudo foi de 1760 a 1890 na França e de 1854 a 1890 no Brasil. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental. Por meio da investigação concluímos que os procedimentos estabelecidos na França, referentes à educação de surdos e cegos nas primeiras instituições educacionais destinadas a tal público, impactaram significativamente o Brasil nos aspectos administrativo, de gestão e principalmente no que tange ao trabalho pedagógico desenvolvido no período em questão.
Em resposta à Karine Bruna do Prado Andrejeski

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá Karine,

Li esse texto entre dois país Brasil e França, mas qual é a história da educação de surdos entre um país.
Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Christiane Pereira Costa -
Boa noite!!!
Minha escolha foi Alemanha.
Achei esse site o qual é muito interessante e conta a história dos Surdos. Tudo sobre a cultura alemã encontramos e sua história desde a Antiguidade até o Congresso de Milão.

Site de referência: https://culturasurda.net/2012/06/04/possible-world/
Em resposta à Christiane Pereira Costa

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Sim, têm vários sites sobre isso, e outros países também que eu interessei que as várias histórias das educações de surdos, mas as mesmas situações sobre o Milão em 1880 é a principalmente história.

Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Márcia Nascimento dos Santos Lima -
França
Instituto Nacional de jovens Surdos-Mudos de Paris(originalmente Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris),é o nome atual da escola mais famosa para Surdos,fundada por Charles-Micheles de I'Épée em1760,em Paris , França.
depois da morte de Pére vanin,em 1759,IÉpée foi apresentado a duas jovens Surdas que precisavam de um tutor. A escola teve iniío em 1760 e pouco depois aberta ao público,tornando-se a primeira escola gratuita para Surdos.Originalmente situava-se numa casa na rua Moulins,14,em Saint-Roch,Paris.Em 29 de Junho de 1991,a legislação francesa aprovou que a escola se tornasse governamental,passando assim ao seu lado atual o nome,no original,"Instituto nationale des Sourds-Muets à paris.
Referências
1.painting of school at original location on 14 rue des Moulins
https://pt.m.wikipedia.org
Em resposta à Márcia Nascimento dos Santos Lima

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Sim isso, já expliquei esse assunto no meu vídeo que todo mundo já sabem. Uma dúvida, onde você achou esse site, porque não consigo abrir esse site que você mandou.
Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Márcia Nascimento dos Santos Lima -
França
o clérigo françês Charles Michel de I'Épée é uma das figuras mais destacadas da historia para as pessoas surdas.Embora ele não sofresse de deficiência auditiva ,é considerado um membro ilustre dessa comunidadade porter contribuído decisivamente para o acesso dos surdos à educação pública e gratuita através do uso da lígua de sinais.
em Paris ,a comunidade de pessoas surdas usava uma linguagem manual comum,e dei'Èpée começou a ensinar as gemeas utilizando sinais manuais que substituíam os sons do alfabeto.Os resultados foram excelentes e ele se convenceu de que era possível ensinar surdos com linguagem de gestos.
pouco antes de sua morte,um a delegação de estudantes e representantesda recém criada Assembléia nacional da França o visitou.o orgão legislativo,estabelecido na estreita da Revolução Francesa na quele mesmo ano,comprometeu a seu trabalho. Assim ,a escola de I'Èpée foi assumida formalmente pelo Governo Francês em1791,e permanece aberta hoje com o nome do Institut National de Jeunes Sourds de Paris.
Os métodos de trabalho do religioso De I'Èpée continuaram dando frutos varias gerações de surdos depois de sua morte,com descatados intelectuais na França dos séculos XVIII e XIX.Essas foram conquistas serviram para dar à sua escola e a sua tradiçãode ensino o nome "metodo françês",segundo a prioridade é a formação intelectual dos alunos através do desenvolvimento de habilidades de escrita e leitura.Charles Michel de I'Èpèe educou,instruiu e formou uma populaão abandonada que ninguém sabia como entender e ninguém queria atender.https//brasil.elpais.com
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Diane Grotto Morais Martins -
LÍNGUA DE SINAIS COREANA

ASPECTOS HISTÓRICOS
O início da Língua de Sinais Coreana data de 1889, embora os esforços de padronização só tenham começado em 2000. A primeira escola sul-coreana para surdos foi fundada em 1º de abril de 1913, em Seul, e foi renomeada como Escola Nacional para Surdos em 1945, que mais tarde foi renomeada como Escola para Surdos de Seul, em 1951
Embora as origens da KSL sejam anteriores ao período colonial japonês (governo de jure, começando em 1910), a língua de sinais desenvolveu algumas características em comum com a gramática da Língua de Sinais Japonesa (Japanese Sign Language - JSL) quando a Coreia estava sob o domínio japonês. A Língua de Sinais Coreana é considerada parte da família da Língua de Sinais Japonesa.
De acordo com o Ministério de Saúde e Bem-Estar da Coreia do Sul haviam 252.779 pessoas com deficiência auditiva e 18.275 pessoas com distúrbios de linguagem na Coreia do Sul no final de 2014. Os números estimados recentes para a quantidade de surdos na Coreia do Sul variam de 180.000 a 300.000. Isso é aproximadamente entre 0,36% e 0,6% da população da Coreia do Sul.T
Em 31 de dezembro de 2015, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou uma legislação para reconhecer a língua de sinais coreana como uma das línguas oficiais da Coreia.
MARCADORES FUNCIONAIS
A Língua de Sinais Coreana, assim como outras linguagens de sinais, incorpora marcadores não manuais com funções lexicais, sintáticas, discursivas e afetivas. Isso inclui levantar e franzir as sobrancelhas, franzir a testa, balançar a cabeça e inclinar e mover o tronco.
CURIOSIDADE
O site jw.org tem matérias, artigos, áudio e vídeo em 1000 idiomas, incluindo 100 línguas de sinais e diversas línguas indígenas faladas no Brasil. Para conhecer mais acesse a página anexada nas referências.

REFERÊNCIAS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_coreana
https://www.jw.org/bzs/ (Língua de Brasileira de Sinais)
https://www.jw.org/kvk/( Língua de Sinais Coreana)
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Helder Martins -
LÍNGUA DE SINAIS MEXICANA

A Língua de Sinais Mexicana (em Portugal: Língua Gestual Mexicana; nome original: lenguaje ou lengua de signos mexicano, LSM, mas também conhecida por outros nomes) é a língua de sinais da comunidade surda nas regiões urbanas do México. É a escolha de 87.000 a 100.000 surdos, fazendo com que a língua seja mais usada que outras índigenas.
A LSM é bastante distinta do espanhol, com conjugações verbais completamente diferentes, diferente ordem sequencial das palavras e pouco uso do verbo ser. No entanto, há um extensivo uso de sinais ou gestos inicializados, isto é, sinais cuja configuração inicial da mão dominante corresponde ao sinal da letra pela qual a palavra em espanhol é iniciada (usando a datilologia). Os mesmos autores sugerem que a compreensão do espanhol por parte da comunidade surda é muito baixa.
O termo "espanhol sinalizado" ou "espanhol gestualizado" refere-se ao uso dos sinais da LSM com a ordem morfológica e algumas representações do espanhol. Nesta linguagem há sufixos gestualizados; os artigos e pronomes são datilologados. Este tipo de linguagem é usado por certos intérpretes aquando de leituras públicas ou interpretações de músicas
É amplamente difundida a crença de que a LSM deriva da Língua de Sinais Francesa Antiga, a qual foi combinada com línguas de sinais pré-existentes e alguns sistemas de sinais aquando do aparecimento das primeiras escolas para surdos, em 1869. Contudo, evoluiu de maneira diferente da ASL, que também emergiu da LSFA, 50 anos mais cedo, nos EUA, com a qual, atualmente, não tem qualquer afinidade.
A LSM não é oficialmente reconhecida, por causa da filosofia maioritária a nível nacional ser favorável ao oralismo e por apenas umas poucas escolas encaminharem os surdos à LSM.
Uma sequência de 5 minutos de um programa televisivo nocturno foi gravada em espanhol gestual, em meados dos anos 1980 e depois nos anos 1990, sendo descontinuado e resumido a um sumário de 2 minutos de manchetes, em 1997.

REFERÊNCIA:
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_mexicana
Em resposta à Helder Martins

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Gostei esse texto, lembra que o professor surdo Huet E. fundou a primeira escola de surdos no Brasil, depois foi embora e foi para México, tem alguma coisa relação essa história.

Parabéns, muito bem!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por MAURINA PEREIRA COELHO -
Minha pesquisa é a sobre a história da educação dos surdos no Estados Unidos. Thomas Hopkins Gallaudet foi a primeira pessoa a abrir uma escola para surdos no país, a American School for the Deaf. A partir daí uma geração de estudantes surdos com uma língua comum, que depois ficou conhecida como American Sign Language (ASL), já era capaz de ler e escrever em inglês, o que foi um resultado desse projeto. Além disso, seu filho fundou a primeira, e única, universidade voltada para surdos a Universidade Gallaudet.
A inclusão de alunos com deficiência em classes da educação geral é uma exigência importante das Leis para Indivíduos com Deficiência de 1975 e 1997 e da emenda da Lei para Indivíduos com Deficiência de 2004. Desde a promulgação dessas leis, as escolas públicas dos Estados Unidos têm sido obrigadas a incluir alunos com deficiência ao máximo possível em classes da educação geral onde eles possam estudar com pares não deficientes ao invés de passarem a maior parte de seu dia em classes segregadas com outros alunos com deficiência.
Enquanto a Lei Americana IDEA de 1997 foi delineada para servir, efetivamente, todos alunos com deficiência, ainda existe um número reduzido de professores qualificados para a educação especial em escolas nos Estados Unidos (Departamento de Educação dos Estados Unidos, 2002). Professores de educação especial totalmente certificados e altamente qualificados são imprescindíveis para a efetiva implementação de programas de inclusão para alunos com deficiência.

Referência:

Patricia J. Peterson de (2006). Inclusion in the United States: philosophy; implementation, and capacitating teachers
Vanessa de Oliveira Carvalho de (2012) .A HISTÓRIA DE EDUCAÇÃO DOS SURDOS: O PROCESSO EDUCACIONAL
INCLUSIVO
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Alice Coutinho Pereira -
Resposta; Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos Por Alice Coutinho Pereira
Língua de sinais indiana
A população surda da Índia, de cerca de 3.1 milhões, é 98% iletrada. Na linha filosófica oralista, as escolas para surdos intervêm cedo nas ajudas à audição, sendo isso, no entanto, considerado ineficaz numa sociedade de poucos recursos. Em 1986, apenas 2% dos surdos frequentava a escola.
Desde 2001, um grupo no Instituto Nacional de Deficientes Auditivos, está providenciando material didático e treinamento a professores de ISL, apesar da grande maioria das escolas permanecer oralista.
Estatuto da língua de sinais
Desde 2005, tem havido crescente otimismo em relação à língua de sinais, sendo que o NCF lhe atribuiu alguma legitimidade, ao admitir que a língua e sinais pode ser qualificada como uma terceira língua de escolha, para estudantes ouvintes. Em 2006, foi lançado um manual escolar que incluiu um capítulo sobre a língua de sinais, dando ênfase a que esta é uma língua como qualquer outra e um diferente modo de comunicação.
Dialetos e famílias de línguas
Há muitas variedades de línguas de sinais na região, incluindo muitos grupos de sinais familiares, e linguagens e sinais informais. Não há consenso sobre quais destas linguagens constituem dialetos da língua e quais são independentes, mas muitos estudos mostram existir relação entre as linguagens usadas nas regiões urbanas da Índia, Paquistão e Nepal.[4][6]
São identificados os seguintes dialetos regionais, na Índia:
• Língua de sinais Mumbai-Delhi
• Língua de Sinais Calcutta
• Língua de Sinais Bengalore-Madras
O alfabeto manual da ISL é baseado no alfabeto latino.

Referências
• CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso. 140 páginas
• Vasishta, M., J. C. Woodward, and K. L. Wilson (1978). «Sign Language in India: Regional Variation within the Deaf Population». Indian Journal of Applied Linguistics. 4 (2): 66–74
• Ethnologue gives the signing population in India as 2,680,000 in 2003.
Gordon, Raymond G., Jr. (ed.) (2005). Ethnologue: Languages of the World, Fifteenth edition. [S.l.]: Dallas, Tex.: SIL International.
• Ulrike Zeshan (2000). Sign Language of Indo-Pakistan: A description of a Signed Language. Philadelphia, Amsterdam: John Benjamins Publishing Co
• Dilip Deshmukh (1996). Sign Language and Bilingualism in Deaf Education,. Ichalkaranji,: [s.n.]
• Woodward, J (1993). «The relationship of sign language varieties in India, Pakistan and Nepal». Sign Language Studies (78): 15-22
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Charlles Giovany Faqueti -
La Mimografía de Auguste Bébian.
Autor: Alejandro Oviedo
Berlín, 2015.

Estudio introductorio

Auguste Bébian (1789-1839) es una figura esencial en la historia de la educación de los sordos. Este docente, oriundo de la Isla de Guadalupe, fue quien formó a los pioneros del movimiento asociativo sordo francés (Karakostas 1993). Su obra publicada contiene los fundamentos de un modelo bilingüe para las escuelas de sordos (Cuxac 1983), así como del análisis formal de las señas de los sordos (Fischer 1995). Fuera de todo eso, Bébian fue el iniciador de la educación pública de su país natal (Cuxac 2004).

Pero a pesar de ser bien citado, Bébian es hoy mal conocido. Esto es particularmente cierto en relación con su obra lingüística, cuya trascendencia es apenas referida. Bébian esbozó, en sus trabajos, los rasgos esenciales del análisis estructural de las señas, y en esto se adelantó un siglo y medio a la lingüística moderna.

Este volumen contiene una traducción al español del libro Mimographie, ou essai d´écriture mimique propre à regulariser le langage des sourds-muets[1], publicado por Bébian el año 1825 en París. Con algunas excepciones (Blanchet 1850, Rémi-Valade 1854), este libro recibió entonces muy poca atención y fue olvidado pocas décadas más tarde. Apenas a mediados del Siglo XX reaparece citado por William C. Stokoe (1960), el fundador de la moderna lingüística de las lenguas de señas. En años más recientes, algunos lingüistas e historiadores (cfr. Cuxac 1989, Fischer 1995, Bertrand 1995, Renard 2004, Oviedo 2007, 2009a, 2009b y 2010) han dedicado su atención esta obra, que discuten como una pieza esencial en la evolución de los estudios sobre las lenguas de señas.

Este estudio introductorio se divide en tres partes. La primera de ellas hará un resumen de los datos biográficos y al lugar que la Mimographie ocupa en la producción intelectual del maestro. La segunda, la más extensa de este estudio, explicará cómo funciona el sistema de escritura de las señas propuesto por Bébian. Y por último, la tercera parte presenta la discusión que ha habido en años recientes en torno a la mimografía y a su relación con la moderna lingüística de las lenguas de señas de los sordos.

Parte 1
Apuntes biográficos
Existe una única biografía[2] de Bébian, Notice sur la vie er les ouvrages de Auguste Bébian, ancien censeur des études de l´Institut royal des sourds-muets de Paris[3], un breve libro publicado en París por Ferdinand Berthier[4] en 1839, el mismo año de la muerte del maestro. Berthier fue un conocido líder sordo francés, que había sido alumno de Bébian en la escuela de París y que más tarde trabajó allí como docente. Las referencias hechas por Berthier en su libro sobre Bébian son las que usualmente se recogen en otras esquelas biográficas en otros trabajos (cfr. Esquiros 1847, Blanchet 1850, Lane 1984 y 2005, Renard 2004, Fischer 1993 y 1995) o en páginas de la red. Voy a resumir aquí esas referencias, y a completarlas con algunos datos provistos por algunos autores que han reseñado hechos de la vida Bébian después de Berthier y a partir de fuentes distintas a las suyas.

Su familia. Primeros años de vida de Auguste
En su libro, Berthier nombra a nuestro personaje como “Auguste Bébian”. Así firmó él también algunos de sus libros; puede pensarse que así era llamado por quienes lo conocieron. En la literatura de la época suele ser mencionado sólo como M. Bébian (Monsieur Bébian).

Roch-Ambroise-Auguste Bébian, como era su nombre completo, nació el 4 de agosto de 1789 en Morne-à-l´Eau (Lara 1979:214), un poblado cercano a Pointe-à-Pitre, la capital de la isla caribeña de Guadalupe. La isla, hoy un territorio ultramarino francés, era entonces colonia francesa.

Auguste Bébian fue el hijo primogénito de Joseph Pierre André[5] de Bébian[6] y Marie Félicité (quien era llamada Félicie) Michaux[7] (G.H.C. 96: 2090). Joseph de Bébian era un acomodado comerciante francés, que había llegado a la isla años antes, proveniente de Tolosa[8]. El matrimonio tuvo todavía una hija, Marie Honorine Félicie[9], también nacida en Morne-à-l’Eau (G.H.C. 96: 2090), en 1791 ó 1792[10]. En 1795, Joseph se divorció de su mujer, y por varios años vivió solo con sus dos hijos[11]. En 1798[12] volvió a casarse, esta vez con Marie Sophie Latran Lagrange (1774-1846), oriunda de Capsterre, Guadalupe. Con ella tuvo otros dos hijos, Louis Marie Valentin Bébian (1799-?) y Marie Elisabeth Sylphide Bébian (1802-1835).

Fonte site: https://cultura-sorda.org/la-mimografia-de-auguste-bebian-texto-completo-en-espanol-edicion-comentada/
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Greici Francieli Machado Stein Carrier -
Andrew Foster Artigos de alunos
O Pai da Educação de Surdos na África
por anônimo (11/08/19)

Andrew Foster é conhecido por estabelecer 32 escolas para surdos em 13 nações africanas, o que lhe valeu a reputação de “O Pai da Educação de Surdos na África”.

Andrew Foster nasceu em 27 de junho de 1925 em Ensley, Alabama. A meningite espinhal deixou Foster e seu irmão surdos quando Foster tinha 11 anos. Sendo um surdo afro-americano no início de 1900, as oportunidades de educação de Foster eram limitadas. Ele frequentou a Escola para Surdos Coloridos do Alabama em Talladega. Na época, a educação afro-americana no Alabama era limitada à sexta série.
Aos 17 anos, Foster mudou-se para Flint, Michigan, para morar com sua tia para que pudesse continuar seus estudos. Ele foi para a Escola para Surdos de Michigan até a oitava série. Foster começou a fazer aulas noturnas e cursos por correspondência. Ele recebeu um diploma em administração de empresas e contabilidade pelo Instituto de Comércio de Detroit em 1950. No ano seguinte, ele recebeu seu diploma do ensino médio aos 26 anos de idade. Foster se inscreveu na Gallaudet University várias vezes, mas foi rejeitado por causa de sua corrida. Em 1951 ele foi finalmente aceito com uma bolsa integral de quatro anos. Ele foi o primeiro afro-americano a se formar na Gallaudet em 1954, com um diploma de bacharel em educação. Em 1955, ele também se tornou o primeiro afro-americano a obter um diploma de mestrado na Eastern Michigan University (então chamada Michigan State Normal College) em educação. Ele recebeu outro mestrado em Missão Cristã em 1956 do Seattle Pacific College. Ele obteve um total de três diplomas ao longo de seis anos.
Enquanto morava com sua tia, Foster visitou a Igreja Bethany Pembroke e sentiu-se chamado por Deus para se tornar um missionário. Com o incentivo de Leonard Elstad, que era o presidente da Gallaudet University na época, Foster estabeleceu a Missão Cristã para Surdos Africanos em 1956. Hoje sua organização é chamada de Missão Cristã para Surdos. Foster viajou pelos EUA, Europa Ocidental, Canadá, México e 25 países africanos em viagens de palestras para arrecadar dinheiro para estabelecer escolas de surdos na África. Quando Foster chegou à África em 1957, havia apenas 12 escolas para surdos em todo o continente. A cultura lá era tão opressora para os surdos que alguns missionários ouvintes disseram a Foster que crianças surdas não existiam na África. Na realidade, as crianças surdas costumavam ser escondidas em casa pelos pais. Acredita-se que algumas crianças surdas em vilas remotas foram amaldiçoadas por demônios e abandonadas para serem comidas por animais selvagens.
O versículo favorito de Foster era Isaías 29:18: "Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro." Ele entendeu que para os surdos aceitarem a Cristo, eles primeiro deveriam ser capazes de entender e ler a Bíblia. Foster procurou ensinar aos surdos como assinar, ler e escrever. Ele usava o conceito de comunicação total para ensinar, que usava todos os meios necessários para que o aluno aprendesse. A comunicação total envolveu as línguas de sinais americanas e indígenas, ortografia, escrita, leitura de fala e recursos visuais, entre outros métodos. Além de ensinar os alunos, Foster também treinou professores e educou o público e o governo sobre as necessidades dos surdos.
A primeira escola para surdos que Foster plantou foi em Accra, Gana, chamada de Escola Missionária de Gana para Surdos. Ele foi inicialmente sediado em uma sala de aula que uma Igreja Presbiteriana havia emprestado para a escola. Mais tarde, Foster recebeu uma doação de um terreno e um prédio a 30 milhas de distância, em Mampong-Akwapim, onde estabeleceu permanentemente a escola residencial. 80 crianças e alguns adultos foram atendidos pela escola. Foster serviu como diretor da escola até 1965. Ele continuou a estabelecer escolas para surdos na Nigéria, Ibadan e Libéria. Foster também fundou mais oito escolas para surdos em Gana como resultado de seu serviço no Comitê do Gabinete do Governo de Gana em 1960. Em 1959, no Terceiro Congresso Mundial de Surdos em Wiesbaden, Alemanha, Foster conheceu sua esposa, Berta. Eles se casaram em 1961 e tiveram quatro filhos e uma filha. Foster fundou mais 29 escolas com a ajuda dela. A influência de Foster em Gallaudet pavimentou o caminho para que gerações de alunos de suas escolas frequentassem a Universidade Gallaudet.
Andrew Foster recebeu muitos prêmios ao longo de sua vida. Em 1962, ele recebeu o prêmio de Homem do Ano da Alpha Sigma Pi. Ele também recebeu um doutorado honorário em Cartas Humanas da Gallaudet em 1970; o Prêmio Edward Miner Gallaudet em 1975 da Gallaudet College Alumni Association (GCAA); o Alumni Honor Award em 1980 da Eastern Michigan University; e o Alumni Medallion Award da Seattle Pacific University em 1982.
Em 3 de dezembro de 1987, um avião com destino ao Quênia com Foster e 11 outros passageiros caiu. Ninguém sobreviveu. Ele foi enterrado com os outros passageiros no local do acidente. Foster havia estabelecido mais escolas de surdos do que qualquer outra pessoa na história da educação de surdos. O National Black Deaf Advocates fundou o Andrew Foster Endowment Fund em 2004. Gallaudet também estabeleceu a Bolsa de Estudos por Mérito Dr.

“Andrew Foster.” Gallaudet University, Gallaudet University, May 2014, www.gallaudet.edu/about/history-and-traditions/andrew-foster.

Cartwright, Brenda. “Living Loud: Andrew Foster – Pioneer Missionary, Educator, Mentor, and Advocate for the Deaf.” Signing Savvy, Signing Savvy, 22 Aug. 2019, https://www.signingsavvy.com/blog/331/Living+Loud:+Andrew+Foster+%e2%80%93+Pioneer+Missionary+Educator+Mentor+and+Advocate+for+the+Deaf

Fikes, Robert. “Andrew Jackson Foster, II (1925-1987).” BlackPast, BlackPast, 25 Dec. 2018, www.blackpast.org/african-american-history/foster-andrew-jackson-ii-1925-1987/.

Nicholas, Darrick F. “Andrew Foster, ‘the Deaf Will Hear the Words of the Book.’” African American Registry, African American Registry, aaregistry.org/story/andrew-foster-the-deaf-will-hear-the-words-of-the-book/
Em resposta à Greici Francieli Machado Stein Carrier

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Uau que interessante, não conheço esse Andrew Foster, bom saber.

Parabéns, muito bem!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Reginaldo Silva -
Sabemos que os surdos em todo o mundo, em sua longa história, enfrentaram muitas barbáries, e ainda continuam a enfrentar muita exclusão, embora têm sido protagonistas em muitas áreas na contemporaneidade.
 
No Brasil, com o marco de reconhecimento da Libras em 2002, o povo surdo têm usufruindo dessa liberdade de comunicação e assim se movimentando para que a difusão seja ainda maior. Mas, infelizmente não são todos os países em que o povo surdo é reconhecido e tem a sua língua visibilizada. Segundo os dados da Federação Mundial dos Surdos, o reconhecimento Legal das Línguas Nacionais de Sinais ainda está em processo e há uma promoção, de comprometimento por parte da Federação, para que as línguas de sinais sejam reconhecidas, pois todos os países têm a obrigação de promover tal reconhecimento (WFD, s.d; SILVA, 2019, p. 45-46).
 
Nessa atividade, foi interessante que, embora muitos colegas tenham feito suas pesquisas, os países são os mesmos e são poucos, diante a grande quantidade, que têm suas histórias contadas em livros e/ou periódicos que abordam como foi a abertura de escolas e, se houve, quem foi o idealizador.
 
Diante do não reconhecimento das Línguas de Sinais ao redor mundo e poucas informações sobre os povos surdos nesses países, nos faz refletir o quão importante é, e o quanto de pesquisas podemos fazer com respeito às produções bem como as instituições que acolheram os surdos nesses anos todos.
 
A Língua de Sinais, segundo a WFD, reconhecida a mais tempo é a Língua Sueca de Sinais, em 1981. Segundo, Bagga-Gupta (2010) e Svartholm (2014), a “Suécia foi o primeiro país do mundo a dar status de língua a uma língua de sinais” influenciando assim “processos de reconhecimento e educação de surdos em todo o mundo” (MONTES; LACERDA, 2019).
 
As Línguas de Sinais com reconhecimento mais recente, em 2021, foram as dos países Bulgária, Chile, Itália e Noruega. Esse último, apresenta como excelência a inclusão e a acessibilidade dos surdos. De Barros (2018) diz que “a Noruega tem tradição em acessibilidade e inclusão”, além de cursos introdutórios de língua de sinais ou Tegnspråk, promovidos pela Federação de Surdos da Noruega, diz que “já no século XIX havia grupos de teatro para deficientes auditivos”. Diferentemente do Brasil, que já tem a Libras reconhecida a mais tempo, a Noruega conta com o ensino da Língua de Sinais em várias faculdades e universidades. Por exemplo a Bergen University College, a Faculdade de Universidade de Oslo e a NTNU (Norwegian University of Science and Technology) ofertam estudos da LS e de tradução e Interpretação. Na educação infantil e no ensino fundamental, alunos podem escolher aprender a LS com base na legislação do país e, ainda é possível estudá-la como Língua estrangeira ou “eletiva em escola secundária” (DE BARROS, 2018). Assim, foi bem interessante buscar e não conseguir encontrar outras informações, em outros países, sobre escolas e seus percursos na educação de surdos ao longo dos anos.
 
Mas, achei muito interessante o que foi explanado sobre a Língua de Sinais/Gestual Japonesa. Nesse país, embora a língua de sinais tenha sido reconhecida em 2011 (WFD, s.d), há pouco conhecimento dela e da comunidade surda antes do período Edo. Segundo a pesquisa, com base em Carvalho (2007), em 1862, “o governo Edo despachou diplomatas às várias escolas europeias para surdos. Entretanto, a primeira escola para surdos não foi estabelecida até 1878, em Kyoto, e só a partir de 1948 as crianças surdas tiveram oportunidade de aceder à instrução formal”.



REFERÊNCIAS:

CARVALHO, P. V. Breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso, 2007.

DE BARROS. P. F. Noruega e a linguagem de sinais: acessibilidade, inclusão e excelência. DUNAPRESS, 2018. Disponível em: Noruega e a linguagem de sinais: acessibilidade, inclusão e excelência – Duna Press Jornal e Magazine. Acesso em: 19 dez. 2021.

MONTES, A. L. B.; LACERDA, C. B. F. de. Reconhecimento de Línguas de Sinais: estudo comparado Brasil-Suécia. Revista Educação Especial, [S. l.], v. 32, p. e101/ 1–22, 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5902/1984686X37656. Acesso em 21 dez. 2021.

NORWAY. The Education Act. Act relating to Primary and Secondary Education and Training. (“Lei sobre o ensino primário e secundário inferior (a Lei da Educação)”. Ministry of Education and Research, 1998. Disponível em: Act relating to Primary and Secondary Education and Training (the Education Act) - Lovdata. Acesso em: 19 dez. 2021.

NORWAY.  Barnehagelova. Lov om barnehager (barnehageloven). Act relating to kindergartens (the Kindergarten Act). “Ato relativo às creches (Lei do Jardim de Infância)”. Ministry of Education and Research, 2006. Disponível em: Act relating to kindergartens (the Kindergarten Act) – Lovdata. Acesso em: 19 dez. 2021.

RANTASALMI, N. The legal recognition of sign languages by type of legislation. 2017a. World Federation of the Deaf. Disponível em: http://wfdeaf.org/news/resources/infographics-legal-recognition-sign-languages-typelegislation/. Acesso em: 21 dez. 2021.

RANTASALMI, N. The legal recognition of sign languages by country. 2017b. World Federation of the Deaf. Disponível em: http://wfdeaf.org/news/resources/legal-recognitionsign-languages-country/. Acesso em: 21 dez. 2021.

SILVA, R. A. O ingresso e a formação acadêmica do sujeito surdo: singularidades, conquistas e desafios da educação inclusiva no espaço universitário. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2019. Disponível em: https://bit.ly/2M6Sqph. Acesso em: 21 dez. 2021.

WFD - World Federation of the Deaf . The Legal Recognition of National Sign Languages. Disponível em: http://wfdeaf.org/news/the-legal-recognition-of-national-sign-languages/. Acesso em: 21 dez. 2021.
 
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por VANESSA RODRIGUES DA ROCHA MOTA -
Pesquisei sobre o método oral Alemão, que traz resquícios até hoje.
Na Alemanha, houve uma figura muito conhecida entre o pedagogos daquela época: Samuel Heinicke. Ele propôs uma metodologia para a educação dos surdos, que mais tarde ficaria conhecida como oralismo ou método oral. Por ter passado por inúmeras dificuldades, preferiu não compartilhar suas técnicas com ninguém. Ele fundou a primeira escola pública para surdos da Alemanha, onde foi implementado o método oral. Segundo ele, a educação dos surdos só seria possível se eles verdadeiramente conseguissem se inserir na sociedade ouvinte, e isso só seria possível por meio dodesenvolvimento da fala. Na Alemanha, em torno de 1778, o professor Samuel Heinicke (1729 – 1790) funda a primeira escola de Oralismo Puro na Alemanha, porém sua escola tinha apenas nove alunos. Enquanto nesta mesma época, na França, o Abade Charles Michel L’Epée (1712 – 1789) ganha grande reconhecimento e respeito pelos Surdos e críticas por professores oralistas, essencialmente Heinicke (VELOSO E MAIA FILHO, 2009).
Em resposta à VANESSA RODRIGUES DA ROCHA MOTA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Sim isso, esse Samuel Heinicke contra a língua de sinais, muito bem, onde achou esse site, por favor.

Parabéns,
Obrigada!
Em resposta à VANESSA RODRIGUES DA ROCHA MOTA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Jeovane Soares Rodrigues -
Recebi certa vez uma intercambista alemã. Ela sabia que ia morar na casa de um surdo. A primeira coisa que ele me pertubou se eu fui "reabilitado"! A visão clinico-teraupetico é terrivel. Fiz questão que ela conhecesse outros surdos e ficou espantada porque nós surdos oralizados ou não "viviam normalmente" e iam " para as escolas comuns" como qualquer pessoa. Meu trabalho foi ensinar e multiplicar pois veio com muitas "ideias préconcebidas". Creio que ela voltou mais aberta para Alemanha....
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por SAMARA ALMEIDA DE OLIVEIRA -
Eu procurei pesquisar sobre Argentina e infelizmente os poucos materiais que encontro era em espanhol e outro pagos.
dessa forma consegui um que faz um comparação da comunidade surda da Argentina e Brasil, porem vou falar apenas da Argentina.
Primeiramente toda pessoa Surda deve ter seus direitos Civis, políticos, socioeconômicos e culturais. A primeira escola privada para Surdos foi fundado em 1857 pelo mestre alemão Carlos Keil, depois de m tempo a família três filhos onde um era surdos, José Antônio Terry, nascido em Buenos Aires no ano de 1878. "Seu pai era um político argentino, deputado e senador do parlamento nacional e Ministro das Finanças e dos Negócios Estrangeiros. Terry viajou para Europa (Inglaterra, Espanha e a Itália). Sua viagem durou sete anos visitando museus e círculos de artes, até completar sua formação de pintor. Em 1911, ele retornou para Argentina, trouxe a Língua Italiana de Sinais – LIS e sua experiência lá da Itália." Depois desse tempo ele fundou a Primeira associação de Surdos de Ajuda Mútua no anos de 1912, sendo a primeira associação da amarica latina. Seu pai politico deu total apoio ajudando em consegui um prédio. "Após a Primeira Guerra Mundial, muitos imigrantes italianos surdos voltaram para a Argentina, a influência da língua italiana dos sinais – LIS no início da educação, após associação e mais tarde a luta pelos seus direitos em diversas áreas, até nos dias de hoje." de acordo com o artigo a Argentina não possui um amparo legislativo como temos no Brasil, infelizmente não se tem um censo para saber quantos surdos reside no País. A uma luta ainda muito grande para ter mais e mais conquistas.

Segue o link do artigo: http://www.congresso2017.fomerco.com.br/resources/anais/8/1504024447_ARQUIVO_Artigocompleto_Keli2.pdf
Em resposta à SAMARA ALMEIDA DE OLIVEIRA

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Tudo bem, não tem problemas, mas importa que você achou esse site, é muito bom essa história.

Parabéns,
Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Eliane Martins Santos Marques -
Na Educação de surdos do Paraguai, de acordo com Falcão (2012):

"Os professores não reconhecem a necessidade de diferenciar o ensino oro auditivo do gestualístico através de estratégias distintas que atendam a especificidade da educação de surdos, nem mesmo quanto ao uso da Língua de Sinais do PY, o que resulta na concepção de que a educação especial, distinta e segregada, seja ainda a mais adequada para os surdos." (...) "Os resultados demonstraram que embora haja conhecimento por parte de alguns professores em como lidar com a especificidade da surdez e da Língua de Sinais, estes saberes estão restritos a alguns professores da educação especial limitados aos poucos departamentos que possuem Escola Especial de Surdos, o que não reflete em mudanças efetivas e significativas a nível Nacional. Constata-se que a educação escolar no Paraguay possui Resolução e Programas que coadunam com as intenções mundiais na perspectiva de atender ao processo de inclusão mundial. Contudo, tudo passa despercebido pelos professores quando a grande maioria desconhece as políticas de educação inclusiva tanto em
âmbito nacional quanto em âmbito internacional. "

Como a escrita dessa tese deu-se em 2012 é muito provável e desejável que mais avanços tenham acontecido, entretanto, esperava encontrar mais informações sobre o nosso vizinho Paraguai e verificar como toda a movimentação e discussão em torno da educação bilíngue para surdos aqui no Brasil, este ano, repercutiu lá. Não encontrei essas informações. Uma maior integração entre os países vizinhos poderia resultar em melhores e mais fortalecidas construções nessa área para ambos.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por SORAYA ALMEIDA MENDES DE OLIVEIRA -
A pesquisa que fiz foi na Suécia. Um panorama dos últimos 35 anos de educação bilíngue para surdos. Uma breve apresentação dos conceitos de primeira língua/língua materna e segunda língua/língua estrangeira, utilizados neste contexto específico, para debater alguns dos principais pressupostos subjacentes ao ensino de primeira e segunda língua para crianças surdas. Discute os principais resultados da abordagem bilíngue, demonstrando o alto nível de conquistas, quando consideradas em uma perspectiva internacional. Esses resultados são comparados com dados do primeiro período de educação de surdos na Suécia, após a fundação da escola de Manilla em 1809. A base comum para estes exemplos de sucesso na educação de surdos pode ser resumida como uma atitude positiva em relação à língua de sinais e seus usuários. Em seguida, discutem-se algumas diferenças entre as línguas de sinais naturais versus a utilização simultânea de sinais e fala, quando o interlocutor surdo normalmente recebe informações linguísticas inconsistentes, fazendo com que esta prática seja menos adequada para o aprendiz da língua. Segue-se uma discussão de ensino de língua para crianças surdas, incluindo o ensino de uma terceira língua, como o Inglês, por exemplo. Observa-se que o grupo de usuários de língua de sinais está sofrendo uma grande mudança na atualidade, especialmente devido ao crescente número de crianças com implantes cloceares: enfatiza-se a necessidade do bilinguismo para este grupo, incluindo a língua de sinais.
Referência: https://repository.globethics.net/handle/20.500.12424/1483722
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Maricelma da Silva Oliveira -
Educação de surdos em Portugual

Apresento aqui um apanhado das práticas pedagógicas no ensino da Língua Portuguesa como segunda língua na educação de alunos surdos nas EREBAS (Escolas de Referência para a Educação Bilíngue de Alunos Surdos) por serem representadas como referência no ensino/aprendizagem dos alunos surdos em Portugal.
Em setembro de 2009, existiam 4.779 docentes de Educação Especial, segundo dados do Ministério da Educação, e esses docentes foram colocados por agrupamento de escolas, mediante levantamento das necessidades educativas dos alunos, constituindo-se, portanto, um grupo disciplinar com autonomia e estatuto próprio, à semelhança das disciplinas restantes.
As EREBAS passam a receber os alunos com deficiência sensorial, dentre elas, a surdez, concentrando os recursos técnicos e humanos, para que os alunos tenham acesso ao currículo comum.
Assim, em 2009, já havia 10 (dez) agrupamentos de Escolas de Referência para a Educação Bilíngue de Alunos Surdos (EREBAS)

1983 – Primeira Experiência de implementação de um modelo bilingue de educação de surdos em Portugal, na escola A-DA-BEJA

1992-mudança total de paradigma de educação de surdos quando assumiu a direção do IJRP MARIA AUGUSTA AMARAL
1977- RECONHECIMENTO DA LGP
2008- DECRETO QUE CRIAÇÃO DAS ESCOLAS DE REFERência para a Educação Bilíngue de Alunos Surdos – dando corpo ao trabalho de intervenção precoce e continuada com as crianças e jovens surdos, que proporcionavam praticas praticas educativas que mais se APROXIMAVAM DO QUE SE CONSIDERAVAM UMA EDUCAÇÃO BILÍNGUE BICULTURAL DE EXCELENCIA
EM 2018 FOI REVOGADO O DECRETO DE 2008 E PROMULGADO UM DECRETO LEI, SOB A PAUTA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, ESSE DECRETO IMPLICA UM PROGRESSIVO ESVAZIAMENTO DAS EREBAS(Escolas de Referência para a Educação Bilíngue de Alunos Surdos), ESTAS NÃO FORAM EXTINTAS, MAS SUA DESIGNAÇÃO FORA ALTERADA POR EREB (escolas de referências para educação Bilingue)



Bibliografia: https://www.facebook.com/gepess.educ/videos/2134546013366470
https://editora-arara-azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/3%C2%BA%20Artigo%20de%20Karla%20Patr%C3%ADcia%20R_%20da%20Costa-Beyer.pdf
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Maria do Socorro de Sousa Araújo -
A Língua de Sinais na Coreia
A Língua de Sinais Coreana é chamada Hanguk Suo (nome oficial). No país, em 3 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional da Língua de Sinais.
Comumente chamada de Suhwa, a língua de sinais coreana, foi designada pelo ministério da saúde e Bem-Estar e pelo Instituto de Língua Coreana como segunda língua oficial da Coreia em 2015.
A designação veio depois que a Assembleia Nacional em Seul, em dezembro de 2015aprovou a Lei Básica da Língua de Sinais Coreana. esta lei tem quatro pontos principais: (1- Apoio, 2- Geração de Conhecimento, 3- Realização de pesquisas e 4- Oferta de oportunidades iguais a todos os cidadãos com deficiência ou não) e engloba 20 artigos.
A legislação abre caminho para melhor acesso e melhor comunicação na educação, emprego, ambientes médicos e jurídicos, bem como nas práticas religiosas e culturais.
A lei determina também que os governos nacional e locais são obrigados a fornecer serviços de tradução em língua de sinais coreana para surdos que deles necessitem, e exige interpretações assinadas no tribunal e durante eventos públicos e programas de serviços sociais. o governo sul-coreano também oferece cursos gratuitos da língua para pais com filhos surdos.
A língua de sinais coreana faz parte da Língua de Sinais Japonesa.
Após muita luta para garantir os direitos dos surdos no país, a Coreia teve grandes avanços e hoje conta com universidades que ensinam disciplinas inteiramente na Língua de Sinais e são dedicadas ao treinamento de professores da língua como a Universidade Nacional de Bem-Estar da Coreia. É oferecido um mestrado em língua de sinais e programas separados que ensinam aquisição e o aprimoramento da Suo desde o início da vida. Existem também: dicionário oficial da Língua de Sinais, e um livro de frases comuns, publicado em 2012.
Fonte: Publicação de Ana Raíssa Luz, atualizado em 26 de novembro de 2021.
Em resposta à Maria do Socorro de Sousa Araújo

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Gostei esse texto, até oferecido mestrado em língua de sinais, que interessante, aqui também tem mas nem todos.

Parabéns,
Obrigada!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Soniete Ferreira Bastos -
Professora boa noite , eu fiz a tarefa
dentro do prazo, e não tenho nota nesta atividade. Obrigada
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Jeovane Soares Rodrigues -
Chile dispõem atualmente de aspectos legais que regulamentam o processo de escolarização dos estudantes surdos a partir da metodologia bilíngue. A língua gestual chilena começa ter visibilidade em 2010 com o avanço da educação especial.
A luta de uma metodologia bilingue no Chile é intensa, pois, muitos acreditam na visão clinico-terapêutico devido as questões políticas no país. Se faz necessário a militância dos profissionais e famílias na luta dos direitos parecendo muito com o Brasil.
Podemos aprofundar no arquivo abaixo: http://www.rinace.net/rlei/numeros/vol15-num1/art3.pdf
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por VANESSA RODRIGUES DA ROCHA MOTA -
Em Roma, nos primeiros anos de nossa era, os surdos necessitavam de um curador, pois não podiam exercer a cidadania, já que não possuíam direitos legais. Para a igreja Católica, eram criaturas castigadas por Deus e sem alma, não tendo, assim, direito à vida eterna, uma vez que não poderiam professar o sacramento da Santa
Igreja Católica. No Império Romano, o imperador Justiniano fez a separação entre surdez e mudez. Ele ordenava que as pessoas surdas e mudas fossem proibidas de fazer testamento, tampouco de receber herança. Em apenas alguns casos, como quando o surdo tivesse perdido a audição após ter recebido a educação formal, poderia ter seus direitos preservados.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Juliana Alves Pereira -
Ao realizar essa pesquisa sempre quis muito saber sobre a história dos Surdos no Haiti, um país do Caribe devido sua história e a imigração dos mesmos para o Brasil, mas não se encontra praticamente nada na internet sobre as pessoas surdas apenas alguns relatos.
 
História dos surdos em Angola

Com isso pesquisei sobre os surdos em Angola um país da Costa Ocidental da África, sendo que os surdos se comunicam através da Língua Gestual Angolona (LGA) é uma língua gestual da qual grande parte da comunidade surda de Angola se comunica. Eles tem dicionário em formato de livro e CD com 800 palavras. Há vinte e três surdis professores com formação pedagógica e dos quais treze atuam como professor.
Durante mais de 5 anos foi desenvolvido um Projeto para Estudo Desenvolvimento e Uniformização da LGA, uma investigação feita por uma equipe de treze surdos membros da Associação de Surdos de Angola (ANSA) e especialistas do Ministério de Educação, os mesmos viajaram por diferentes lugares onde as comunidades surdas são significativas verificando o nível de comunicação, comprovando que a comunicação entre eles é fluída. Em 2012 em Angola foi realizada a primeira Formação de Intérpretes da Língua Gestual Angolana, diminuindo as barreiras na comunicação de surdos e ouvintes, a LGA ainda não tem um reconhecimento oficial embora tenha documentos que avaliam e alicerçam a LGA como uma verdadeira língua.
Referência: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_gestual_angolana
 
Em resposta à Juliana Alves Pereira

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Lidiane Cristina Coelho -
Olá,

Verdade, também não consigo achar, mas é importante saber esse assunto né.

Muito bem escolheu esse país,
Parabéns!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por FABIANO RAMOS SANTOS -
Olá tutora e demais colegas do curso!
Minha pesquisa se fundamentou na história da educação dos Surdos na Suiça.
Na Suíça, as pessoas surdas costumavam ser pressionadas para não se casarem e não terem filhos. Na década de 1970, quem usasse uma língua de sinais na escola ainda apanhava. O progresso feito nos últimos 75 anos foi fascinante, mas faz parte de uma história chocante, repleta de desafios. E, como a crise da Covid-19 mostrou, ainda há muitos outros a serem enfrentados.
Estou anexando minha pesquisa a essa mensagem para vocês lerem ao texto completo, ok?
Abraços a tod@s!
Fabiano Ramos Santos
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por FLORIETE ASSUNÇÃO RIBEIRO -

Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

ALUNA: Floriete Assunção Ribeiro

 O Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris 

 Até o século XVIII, ensinar os surdos a falar, ler e escrever parecia unanimemente complexo: são poucas as experiências de educar surdos anteriores ao final do período medieval que tiveram seus registros encontrados. Com efeito, os consagrados “pioneiros” na instrução de surdos eram, sobretudo, preceptores de crianças de famílias ricas das principais sociedades europeias, que realizavam um ensino individualizado, baseado na educação pela palavra. Desse modo, o suposto encontro fortuito do abade Charles-Michel de l’Épée com duas gêmeas surdas teria sido o responsável por uma inversão na abordagem realizada por estes preceptores até aquele momento.

 O Instituto Nacional de Surdos Mudos de Paris tem seu embrião em 1760, a partir do trabalho iniciado pelo abade Charles-Michel de L’Epée, na sociedade parisiense da segunda metade do século XVIII. As informações sobre o abade são raras e, em sua maioria, controversas. Sabe-se que ele nasceu na cidade de Versalhes no ano de 1712. Seu pai, Charles François Lespée era arquiteto do rei e sua mãe, Marguerite Varignon, era filha de um grande empreiteiro, ligado oficialmente à construção dos edifícios do rei Luís XIV. Nesse sentido, seu lugar social fica evidenciado: um dos filhos de uma família burguesa tradicional do século XVIII, estudou teologia e direito e decidiu seguir o caminho religioso (BÉZAGU-DELUY, 1990). L’Épée tinha, na data de criação de sua escola, 50 anos, uma carreira eclesiástica modesta e bastante conturbada, além de uma fortuna pessoal considerável. Com efeito, o abade era uma figura de destaque na sociedade parisiense da época, um homem ilustrado.

Assim, em 1771, com seus próprios meios, fundou a Instituição Nacional de Surdos-Mudos de Paris, na sua própria casa, localizada a rua des Moulins, recebendo as crianças pobres em regime de internato (BERNARD, 2014). A chave matriz para o sucesso e o reconhecimento internacional do trabalho desenvolvido por L’Épée com os surdos está nos chamados por ele exercícios públicos dos surdos e mudos. Tratava-se de demonstrações que ele organizava com seus melhores alunos, visando impressionar possíveis espectadores afortunados que pudessem se interessar em financiar a educação dessas crianças e promover a publicidade do abade e o reconhecimento de seu método de ensino. Para isto, ele mesmo convidava muitos espectadores célebres, fossem franceses ou estrangeiros, notadamente duques, embaixadores, eclesiásticos, entre outros, que enchiam a sala de lições durante as duas horas de demonstração (L’ÉPÉE, 1776). Estes exercícios teriam assumido um papel central no desenvolvimento da educação de surdos pelo mundo, que passaria a se desenvolver rapidamente a partir dali. Isso porque representantes de diversas nações passariam, a partir das aulas de L’Épée, a entrar em contato com essa nova possibilidade para instruir as crianças surdas.

Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por ANDREIA FELICIANO RAVAGNANI -
Fui pesquisar diretamente na Suíça, esperando encontrar uma educação Bilíngue incrível, de primeiro mundo e para minha surpresa, foi completamente decepcionante.
Assim como na maioria dos outros países, na antiguidade o surdo sofreu grandes opressões e discriminação, eram pressionadas para não se casarem e não terem filhos, em 1970 eram agredidos todos os surdos que usassem a língua de sinais.
Em 1946, com a luta dos membros de oito associações de surdos da Suíça alemã, conseguiram ser reconhecidos como cidadãos mas as organizações de assistência social adotavam uma atitude paternalista oferecendo ajuda para procurar empregos, resolvendo problemas do cotidiano mas sem permitirem sua independência, sendo colocados sob tutela e tinham que pedir permissão para mudar de emprego ou até mesmo se casar.
As primeiras escolas de surdos da Suíça surgiram no início do século XIX, através de iniciativas privadas com objetivo de dar uma educação escolar, religiosa e capacitação profissional, até hoje os surdos são excluídas dos programas educacionais do Governo.
Em 1880 na Suíça como em grande parte do mundo, em consequência do Congresso de Milão, onde decidiram que a língua de sinais deveria ser banida das salas de aula e imposto o oralismo, o que resultou na proibição completa do uso da língua de sinais nas escolas suíças até 1970. A partir daí, após um casal surdo, que em uma viagem observou a liberdade de comunicação em Língua de sinais na Alemanha e na Itália é que as coisas começaram a mudar, mas não muito. Até hoje, a Língua de Sinais não é reconhecida na Suíça e eles utilizam línguas de sinais de três país: Alemanha (DSGS), França (LSF) e Italia (LIS) e lutam para ter o reconhecimento legal da Língua de Sinais Suíça.

Fonte
https://www.swissinfo.ch/por/federa%C3%A7%C3%A3o-su%C3%AD%C3%A7a-de-surdos--75-anos-de-adversidade/46818072
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Adriana Aparecida Mafra Silva -
Boa tarde!

Um pouco da História da Educação de Surdos em Israel

A história remonta a 1873 na Alemanha , onde Marcus Reich , um judeu alemão , abriu uma escola especial para crianças surdas judias. Na época, era considerado um dos melhores do gênero, o que o tornou popular entre crianças surdas judias e entre os não judeus. Em 1932, vários professores desta escola abriram a primeira escola para crianças surdas judias em Jerusalém . A língua de sinais usada na escola de Jerusalém foi influenciada pela Língua de Sinais Alemã (DGS), mas outras línguas de sinais trazidos por imigrantes também contribuíram para a língua emergente, que começou como um pidgin.
Shassi (língua de sinais), ainda compartilha muitos recursos e itens de vocabulário com DGS (língua de sinais alemã), embora esteja muito distante hoje para ser considerado um dialeto do último.
Durante a década de 1940, o shassi tornou-se a língua de uma comunidade bem estabelecida de surdos judeus em Jerusalém e Tel Aviv. Hoje a ISL é a lingua de sinais mais usada e ensinada em Israel e serve como o principal meio de comunicação para a maioria dos surdos em Israel, incluindo árabes judeus, muçulmanos e cristãos, drusos e beduínos. Algumas cidades e aldeias árabes, drusas e beduínas têm suas próprias línguas de sinais.
Além do ISL, também existe o hebraico assinado, usado como uma ferramenta para ensinar a língua hebraica a crianças surdas e para a comunicação entre surdos e ouvintes.

Comunidade surda

O início de uma comunidade surda estabelecida em Israel começou com o desfile de 1936 em Tel Aviv Purim, quando grupos de Jerusalém, Tel Aviv e Haifa se encontraram pela primeira vez. Isso levou à criação da Associação de Surdos em Israel. O primeiro conselho oficial foi eleito em 1944, com Moshe Bamberger como seu primeiro presidente. A associação organizou palestras, viagens e celebrações de feriados. A comunidade cresceu quando refugiados da Segunda Guerra Mundial fugiram para Israel, e a associação ajudou os recém-chegados a se integrarem à comunidade israelense, ajudando-os a aprender a língua de sinais israelense e a encontrar trabalho. A associação concluiu sua sede em Tel Aviv, Helen Keller House, em 1958.
A primeira escola para surdos foi fundada em 1932, um internato restrito em Jerusalém que ensinava oralismo. Duas outras escolas orais foram estabelecidas em Tel Aviv em 1941 e Haifa em 1949. A ênfase no oralismo começou a mudar na década de 1970, quando Izchak Schlesinger começou a pesquisar ISL, e com Israel hospedando a Quarta Conferência Internacional sobre Surdez em 1973.


Língua de sinais israelense

A língua de sinais israelense, também conhecida como Shassi ou ISL, é comumente usada pela comunidade surda de Israel. Algumas outras línguas também são usadas em Israel, entre elas a língua de sinais beduína, a Al-Sayyid.

Referências

^ a b Meir, Irit; Sandler, Wendy; Padden, Carol; Aronoff, Mark (2010). "Capítulo 18: Línguas de sinais emergentes" (PDF). Em Marschark, Marc; Spencer, Patricia Elizabeth (eds.). Oxford Handbook of Surdos Studies, Language, and Education. vol. 2. Nova York: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-539003-2. OCLC 779907637. Página visitada em 05-11-2016.

^ גויכמן, רפאלה. "גילי בית הלחמי כובשת את הרשת בשפת הסימנים". O marcador (em hebraico). Página visitada em 1 de junho de 2021.
^ a b Bush, Lawrence (26 de junho de 2016). "27 de junho: Helen Keller e os judeus". Correntes judaicas.

https://stringfixer.com/pt/Signed_Hebrew
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Jussara gomes santos -
Educação dos surdos em Portugal
Atualmente, a educação de pessoas surdas apresenta um desenho distinto do seu histórico educativo anterior à globalização. De acordo com Svartholm (2014), o campo da educação para surdos começou a ganhar forma, por volta de 1980, quando a educação de surdos na Suécia era similar ao que poderia ser encontrado em outras partes do mundo, em que a educação especial era oferecida às crianças surdas.
Nos dias de hoje, a educação de surdos está caracterizada por orientações e recomendações internacionais, mais visíveis após o reconhecimento da língua gestual e a aceitação do modelo de educação bilíngue. Gomes (2012) sublinha que a atual educação de surdos está inserida na política da educação inclusiva bilíngue, a qual foi se configurando, principalmente, a partir de movimentos políticos e teóricos em contexto global envolvendo o movimento da Escola Inclusiva e a Declaração de Salamanca (UNESCO,1994) influenciando, assim, o campo da Educação Especial.
A educação inclusiva é um conceito novo em diversos países, definindo-se como uma resposta aos desafios educacionais em direitos humanos, mas é também uma reestruturação de culturas, de políticas e de práticas para garantir uma educação de qualidade para todos. Tais necessidades levaram à introdução da língua gestual na escola formal, de forma a garantir o direito dos surdos à educação, a partir da sua língua e da sua cultura.
Porém, a constituição deste cenário é marcada pela mudança do paradigma médico para o sócio antropológico, que contribuiu para alterar a concepção da pessoa surda e a visão da surdez. Castilla, Pulido; Cardona (2015, p. 9) acentua que “Es precisamente dessa concepção sócio antropológica que da origem a la educação bilingüe2”. Esta “visão sociocultural da surdez” é favorável para o reconhecimento da língua gestual na Europa e, posteriormente no cenário mundial na estruturação da educação inclusiva bilíngue na perspectiva da educação para todos (SKLIAR, 2003, p. 45). A aprendizagem pela língua é entendida como um direito da pessoa surda à educação, tal visão foi sensibilizada pelo modelo bilíngue – bi Cultural, apoiado por educadores e pesquisadores que defendem a língua gestual para uma aprendizagem natural e como um dos principais meios na comunicação, no ensino e na aprendizagem de pessoas surdas. Em conformidade com Morales e Barrera (2002, p.23), o modelo bilingue envolve duas línguas de modalidades diferentes, de tal maneira que, após o domínio da primeira língua (natural - visual), a língua gestual, os surdos aprendem a segunda língua (sociedade-escrita), a língua portuguesa. Além disso, as pessoas surdas apresentam condições específicas na aprendizagem, revelando-se heterogéneas devendo os sistemas educativos adaptar-se e responder perante as diversidades. Esta conjuntura é importante para sistematizar os ambientes socioculturais, os currículos e as práticas linguísticas e culturais da identidade surda.
Em Portugal, a educação de pessoas surdas segue a tendência mundial da educação inclusiva bilíngue, ao basear-se nas principais soluções e recomendações internacionais sobre as línguas gestuais (COELHO, 1998).
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Adair Aparecida Neves de Oliveira -
Pesquisa sobre a história da educação do surdo na Rússia
Professora pesquisei sobre a história da educação do surdo na Rússia, mas é bem complexa. Os registros que encontrei datam da URSS com estudiosos da Defectologia que se dedicaram à educação de pessoas com deficiências múltiplas, principalmente a cegueira e a surdez entre eles: Vigotski, Sokolianski, Meshcheriakov, Ilienkov e Yarmolenko. Eles tiveram uma grande contribuição na construção de escolas e métodos que desenvolverão a educação cegos/surdos.
Não poderia deixar de citar um trecho que me encantou:
A fala não está obrigatoriamente ligada ao aparelho fonador; ela pode ser realizada em outro sistema de signos, assim como a escrita pode ser transferida do caminho visual para o tátil.
[...]
Nós nos acostumamos com a ideia de que o homem lê com os olhos e fala com a boca, e somente o grande experimento cultural que mostrou ser possível ler com os dedos e falar com as mãos revela-nos toda a convencionalidade e a mobilidade das formas culturais de comportamento. (VIGOTSKI, 2011, p. 868).
Estes links são de documentários sobre surdocegueira.
www.youtube.com/watch?v=i1cBtca4wIY
www.youtube.com/watch?v=JwfGUyVcJzc – Borboletas de Zagorsk

REFERENCIA:
https://culturasurda.net/2014/11/20/educacao-de-surdocegos-na-russia
acessado em 28-01-2022
https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/2156/nettoberenchtein acessado em 28-01-2022
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por ANA KELI GARRETT MARCON CASTRO -
A HISTÓRIA DA LÍNGUA DE SINAIS NO JAPÃO
A Língua de Sinais/Gestual Japonesa é a língua gestual dominante usada pela comunidade surda no Japão.
No Japão, há pouco conhecimento da língua de sinais e da comunidade surda antes do período Edo. Em 1862, o governo Edo despachou diplomatas às várias escolas europeias para surdos. Entretanto, a primeira escola para surdos não foi estabelecida até 1878, em Kyoto, e só a partir de 1948 as crianças surdas tiveram oportunidade de aceder à instrução formal.
A dactilologia foi importada dos EUA, na parte adiantada do vigésimo século, mas é usada menos do que nos EUA. Escrever com os dedos (desenhando caracteres japoneses) também é usual. Há um sistema que associa o Kanji com sinais particulares, que é usado para lugares e nomes pessoais.
Até 2002, a maioria de escolas para a instrução de surdos enfatizava o oralismo, isto é, o ensino do japonês usando a leitura labial. Somente uma década depois, a proibição oficial do uso da língua de sinais nas escolas foi levantada.
As línguas de sinais da Coreia e de Formosa compartilham de alguns sinais com a Língua Japonesa de Sinais, talvez devido à transferência cultural durante o período da ocupação japonesa.
O interesse na língua de sinais, entre a população do ouvinte do Japão tem aumentado, devido aos numerosos livros publicados, um programa semanal da televisão, ensinando a Língua Japonesa de Sinais e o aumento da disponibilidade de turmas de noite, para ouvintes que desejam aprender esta língua.

REFERÊNCIAS:

CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso. 140 páginas

WIKIPÉDIA - https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_japonesa#:~:text=Em%201862%2C%20o%20governo%20Edo,de%20aceder%20%C3%A0%20instru%C3%A7%C3%A3o%20formal - acesso em 28/01/22.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Creusa Cristina de Jesus Loati -
A historia dos surdos na França muito interessante e ela foi base para nossa língua de sinais.
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-criou-a-linguagem-de-sinais-para-surdos/
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Louise Alane Correia -
Oii..
Pesquisei um pouco sobre a língua de sinais Holandesa e parece que por lá os movimentos surdos ainda são bem tímidos e menos avançados do que no Brasil.
A Língua de sinais neerlandesa ou NGT (em Portugal: Língua Gestual Holandesa, no original Nederlandse Gebarentaal ou LS) é a língua de sinais utilizada pelas pessoas surdas nos Países Baixos,[1] mas não é reconhecida oficialmente. A língua, historicamente, se desenvolveu a partir da língua de sinais francesa. A partir de 1995, muitas escolas para surdos, na Holanda, começaram ensinando esta língua de sinais aos seus alunos surdos. É familiar à Língua de Sinais da Flandres.
Na Holanda, há 30.000 pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Cerca de 15.000 pessoas usam a língua de sinais.

Referências:
conexão politica. Disponível em:https://www.conexaopolitica.com.br/mundo/parlamento-holandes-e-hora-de-reconhecer-oficialmente-a-lingua-de-sinais/
Língua de sinais neerlandesa. disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_neerlandesa
Em resposta à Louise Alane Correia

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Elãine Alves dos Santos Campos -
Olá, boa noite!!
Pesquisei sobre a Língua de Sinais Mexicana (LSM). Não encontrei muita coisa a respeito, porem compartilho aqui o que encontrei.
Segundo documentos coloniais, em 1806 o professor Luís Octávio Chousal, sem autorização do governo começa a ensinar a Língua de Sinais para pessoas surdas no México. Em 1830 dois professores franceses buscam apoio com as autoridades da Cidade do México para abrir uma escola de surdos, porem o pedido foi negado e o projeto abandonado. Só em 1866 O professor Eduard Huet abre sua escola de surdos em um convento na cidade do México e em 1867 essa escola recebe apoio do governo e passa a ser conhecida nacionalmente.
é difundido que a LSM deriva da Língua de Sinais Francesa Antiga, a qual foi combinada com as línguas de sinais pré-existentes e alguns outros sistemas de sinais. Não é oficialmente reconhecida, por causa da filosofia maioritária a nível nacional ser favorável ao oralismo. Segundo o senso de 2010, no México existem 694.451 pessoas com algum tipo de problema auditivo. De acordo com a Federação Mexicana de Surdos, 300.000 pessoas são usuárias da LSM.

Referências:
www.escuelaparasordos.com
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_mexicana
Em resposta à Elãine Alves dos Santos Campos

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Flavia Ribeiro da Silva -
Um pequeno recorte da historia e movimento surdo na Espanha

Segundo Veloso e Filho (2009), o Monge franciscano Yebra, de Madrid, foi o primeiro a escrever um livro chamado “Refugion Infirmorum”, que descreve e ilustra o alfabeto manual da época, publicado sete anos após a morte dele.

Yebra usava o alfabeto manual para finalidades religiosas ao promover entre o povo surdo a compreensão de matérias espirituais.

Um documento raro, com ilustração de alfabeto manual da época. Trata-se de uma das representações mais antiga do Alfabeto Manual, Veneza, Itália, ano 1579. Observamos a evolução da reprodução da imagem pela posição das letras em três maneiras, ou seja, passa a ideia e movimento de cada letra do Alfabeto Manual.

2.5 PEDRO PONCE DE LEON (1520-1584)
-
Goldfeld (2001) salienta que no século XVI, na Espanha, o monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1520-1584) estabeleceu a primeira escola para surdos em um monastério de Valladolid. Segundo Luchese (2016), inicialmente ensinava latim, grego e italiano, conceitos de física e astronomia aos dois irmãos surdos, Francisco e Pedro Velasco, membros de uma importante família de aristocratas espanhóis; Francisco conquistou o direito de receber a herança como marquês de Berlanger e Pedro se tornou padre com a permissão do Papa e ensinou alguns surdos de famílias nobres.

Goldfeld (2001) salienta também que Ponce de Leon desenvolveu uma metodologia de educação para crianças surdas que incluía datilologia, escrita e oralização, e criou uma escola de professores de surdos, porém ele não publicou nada em vida e depois de sua morte o seu método caiu no esquecimento porque a tradição na época era de guardar segredos sobre os métodos de educação de surdos.

No século XVII (1620), “[...] Juan Martin Pablo Bonet publicou, na Espanha, o livro Reduccion de las letras y artes para enseñar a hablar a los mudos, que trata da invenção do alfabeto manual de Ponce de Leon” (GOLDFELD, 2001, p. 28).

Sacks (2010) situa que os educadores ouvintes, como Pedro Ponce de Léon, da Espanha; os Braidwoods, da Grã-Bretanha; Amman, da Holanda; e Pereire e Deschamps, da França, ensinaram alguns surdos a falar. Afirma também que, assim, as condições de sobrevivência dos surdos, naquela época, despertaram interesse em alguns filósofos, que levantaram algumas questões:

Por que a pessoa surda sem instrução é isolada na natureza e incapaz de comunicar-se com os outros surdos homens? Por que ela está reduzida a esse estado de imbecilidade? Será que sua constituição biológica difere da nossa? Será que não possui tudo de que precisa para ter sensações, adquirir ideias e combiná-las para fazer tudo o que fazemos? Será que não recebe impressões sensoriais dos objetos como nós recebemos? Não serão essas, como ocorre conosco, as causas das sensações da mente e das ideias que na mente adquire? Por que então a pessoa surda permanece estúpida enquanto nos tornamos inteligentes? (SACKS, 2010, p. 24).


O autor evidencia as preocupações daquela época. Muitos educadores expressavam descrédito em relação ao futuro dos surdos. Acreditava-se que os surdos não possuíam ideias, abstrações, capacidade de argumentação e que pensavam por imagens. Imaginava-se, também, que os surdos não teriam sua própria língua. O reconhecimento posterior da língua de sinais permitiu que os surdos conquistassem credibilidade nas suas capacidades intelectuais.

Strobel (2009), na Espanha, Juan Pablo Bonet iniciou a educação com outro membro surdo da família Velasco, Dom Luís, através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto dactilologia, teve tanto sucesso que foi nomeado pelo Rei Henrique IV como “Marquês de Frenzo”.

Juan Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em que expunha o seu método oral, “Reduccion de las letras y arte para enseñar a hablar a los mudos” no ano de 1620, em Madrid, Espanha. Bonet defendia também o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos.


Fonte: Luchese, Anderson
Políticas e a educação de surdos no Brasil / Anderson Luchese.
Indaial: UNIASSELVI, 2017.
179 p. : il.
ISBN 978-85-515-0116-0
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Adriana Caetano Marques de Souza -
Educação de Surdos na França

Até o século XVIII, ensinar os surdos a falar, ler e escrever parecia complicado, ao final do período medieval que tiveram seus registros encontrados. Os consagrados “pioneiros” na instrução de surdos eram, sobretudo, preceptores de crianças de famílias ricas das principais sociedades europeias, que realizavam um ensino individualizado, baseado na educação pela palavra. Desse modo, o suposto encontro fortuito do abade Charles-Michel de l’Épée com duas gêmeas surdas teria sido o responsável por uma inversão na abordagem realizada por estes preceptores até aquele momento.
O Abade Charles-Michel de l'Épée, foi um educador filantrópico francês do século XVIII, que ficou conhecido como "Pai dos surdos".
O Instituto Nacional de Surdos Mudos de Paris em 1760, a partir do trabalho iniciado pelo abade Charles-Michel de L’Epée, na sociedade parisiense da segunda metade do século XVIII. Ele nasceu na cidade de Versalhes no ano de 1712, tinha, na data de criação de sua escola, 50 anos.
Assim, em 1771, com seus próprios meios, fundou a Instituição Nacional de Surdos-Mudos de Paris, na sua própria casa, localizada a rua des Moulins n. 14 em Saint-Roch, recebendo as crianças pobres em regime de internato (BERNARD, 2014). A chave matriz para o sucesso e o reconhecimento internacional do trabalho desenvolvido por L’Épée com os surdos está nos chamados por ele exercícios públicos dos surdos e mudos. Tratava-se de demonstrações que ele organizava com seus melhores alunos, visando impressionar possíveis espectadores afortunados que pudessem se interessar em financiar a educação dessas crianças e promover a publicidade do abade e o reconhecimento de seu método de ensino. Para isto, ele mesmo convidava muitos espectadores célebres, fossem franceses ou estrangeiros, notadamente duques, embaixadores, eclesiásticos, entre outros, que enchiam a sala de lições durante as duas horas de demonstração (L’ÉPÉE, 1776).
Ademais, teria sido justamente com essa divulgação de seu trabalho na corte francesa que ele teria conseguido um espaço no Convento dos Celestinos, juntamente com uma pensão real, para criar sua própria escola de surdos. Quando ele morreu, em 1789, vários de seus alunos já se distinguiam na sociedade parisiense. Com efeito, a Assembleia Constituinte reconheceu, em 1791, a importância de sua obra, elevando a escola à categoria de Instituto Nacional, o que a tornaria a primeira escola oficial para surdos no mundo todo. L’Epée foi substituído, após a sua morte, pelo abade Roch-Ambroise Cucurron Sicard, que já havia fundado, anos antes, a escola de surdos de Bordéus. O desejo expresso de L’Épée era que a direção do Instituto fosse assumida por seu aluno mais próximo, Jean Masse, entretanto, o abade Sicard ganhou o concurso realizado entre os interessados pelo cargo e acabou ficando à frente do instituto até 1822, quando faleceu.
No período que compreende a fundação do instituto e a saída do abade Borel (1771-1831), vislumbrando uma tendência ligada à ideia de que a educação de surdos deveria ser confiada aos religiosos perpetuada por meio da lógica de caridade intrínseca ao processo de criação da escola, todos os diretores da instituição foram abades.
Com a restauração e a Monarquia de Julho (1830-1848), as antigas referências de pioneirismo a L’Épée e seu método gestual começam a perder espaço na primeira administração não-religiosa: Désiré Ordinaire, tenta, como uma de suas primeiras medidas, generalizar o método oral no Instituto, que ele havia observado nas escolas suíças.
A tensão entre os métodos orais e os métodos gestuais vai perpassar toda a história da instituição. Para o século XIX, o desfecho dessa disputa está expresso na decisão do Congresso de Milão em 1880, em que se define a interdição da língua de sinais como modo de ensino e de comunicação nas instituições escolares (PRESNEAU, 2009, p. 221). Assim, o instituto passaria por uma descaracterização da ideia inicial do abade de L’Épée: de instruir os surdos a partir dos sinais metódicos, de modo simultâneo. O Instituto Nacional dos Surdos-Mudos se tornou, nas últimas décadas do XIX, mais uma escola oralista.
Após, alguns congressos promoveram a conscientização pelos direitos do surdos. Em 1991, foi votada a Lei Fabius na Assembléia Nacional favorecendo a utilização da Língua de Sinais Francesa na educação de crianças surdas.
Somente em 2005 foi votada a Lei que reconhece a LSF como uma língua natural , direito do surdo francês".

Referências
https://pt.m.wikipedia.org
wikipédia:Paiting of school at original location on 14 rue des moulins
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/24/cultura/1543042279_562860.html#:~:text=Em%20Paris%2C%20a%20comunidade%20de,com%20uma%20linguagem%20de%20gestos.
https://periodicos.ufs
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles-Michel_de_l%27%C3%89p%C3%A9em.br/educacaoespecial/article/view/33087/html
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Vilma de Jesus da Conceição -
País: Finlândia
Língua de sinais finlandesa = suomalainen iittomakieli
Há aproximadamente 14.000 surdos na Finlândia (muitos dos quais não falam a língua de sinais finlandesa).
A língua de sinais finlandesa é derivada da língua de sinais sueca.
A Finlândia foi o primeiro país do mundo a reconhecer oficialmente a sua língua de sinais em sua Constituição, no ano de 1995. Mas, a Associação Finlandesa de Surdos alegou que o reconhecimento constitucional não garantiu direitos linguísticos à comunidade surda. Apenas proporcionou direito ao uso de serviços de interpretação, aceitação da língua de sinais em determinadas situações judiciais e permissão do uso da língua na educação de crianças surdas. É por essas e outras razões que a comunidade surda finlandesa realizou campanhas que objetivavam o reconhecimento da língua de sinais em legislação específica. Todavia, somente depois de duas décadas, em 2015, a língua finlandesa de sinais ganhou reconhecimento por meio da lei de língua de sinais (DE MEULDER, 2015b, apud BAGGIO, 2018).
Curiosidade: É finlandês, o surdo Marko Vuoriheimo, rapper, mais conhecido como Signmark. Muitas de suas canções mostram um pouco das lutas das comunidades surdas. Suas apresentações são sempre bilíngues: as letras ganham movimento em línguas de sinais enquanto são cantadas em línguas majoritárias. Quando pequeno, Marko interpretava canções de natais para que seus pais, surdos, e seus avós, ouvintes, pudessem cantá-las juntos.
Ele esteve no Brasil, mas não tive a oportunidade de assistir. Mas, soube que os surdos brasileiros amaram.
FONTES:
BAGGIO, Aline Lucia. Reconhecimento de Línguas de Sinais e Educação de Surdos no Brasil e na Suécia. Dissertação (mestrado)- Universidade Federal de São Carlos. São Paulo, p. 111. 2018. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/11016/BAGGIO_Aline_2018.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 17/02/2022

https://stringfixer.com/pt/Finnish_Sign_Language

https://culturasurda.net/2011/12/13/signmark/
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Alice Coutinho Pereira -
Resposta: Atividade de Fundamentos de Surdos
Por: Alice Coutinho Pereira
A Língua de Sinais Indiana,Língua Gestual Indiana) ou Língua de Sinais Indo-Paquistanesa ( Língua Gestual Indo-Paquistanesa) é a língua de sinais dominantes no Sul da Ásia, usada por centenas de surdos em (2003). Assim como em muitas outras línguas de sinais, é difícil dizer ao certo o número de seus usuários, já que a maioria dos estudos se foca apenas no norte e nas áreas urbanas da Ásia.
A população surda da Índia, é cerca de 3.1 milhões, é 98% iletrada. Na linha filosófica oralista, as escolas para surdos intervêm cedo nas ajudas à audição, sendo isso, no entanto, considerado ineficaz numa sociedade de poucos recursos. Em 1986, apenas 2% dos surdos frequentava a escola. Num primeiro contacto, as escolas para surdos seguem a filosofia oralista.[5]

Desde 2001, um grupo no Instituto Nacional de Deficientes Auditivos, está providenciando material didático e treinamento a professores de ISL, apesar da grande maioria das escolas permanecer oralista.

Desde 2005, tem havido crescente otimismo em relação à língua de sinais, sendo que o NCF lhe atribuiu alguma legitimidade, ao admitir que a língua e sinais pode ser qualificada como uma terceira língua de escolha, para estudantes ouvintes. Em 2006, foi lançado um manual escolar que incluiu um capítulo sobre a língua de sinais, dando ênfase a que esta é uma língua como qualquer outra e um diferente modo de comunicação. Há muitas variedades de línguas de sinais na região, incluindo muitos grupos de sinais familiares, e linguagens e sinais informais. Não há consenso sobre quais destas linguagens constituem dialetos da língua e quais são independentes, mas muitos estudos mostram existir relação entre as linguagens usadas nas regiões urbanas da Índia, Paquistão e Nepal.[4][6]

São identificados os seguintes dialetos regionais, na Índia:

Língua de sinais Mumbai-Delhi
Língua de Sinais Calcutta
Língua de Sinais Bengalore-Madras

O alfabeto manual da ISL é baseado no alfabeto latino.
Referências
CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso. 140 páginas
Vasishta, M., J. C. Woodward, and K. L. Wilson (1978). «Sign Language in India: Regional Variation within the Deaf Population». Indian Journal of Applied Linguistics. 4 (2): 66–74
Ethnologue gives the signing population in India as 2,680,000 in 2003.
Gordon, Raymond G., Jr. (ed.) (2005). Ethnologue: Languages of the World, Fifteenth edition. [S.l.]: Dallas, Tex.: SIL International.
Ulrike Zeshan (2000). Sign Language of Indo-Pakistan: A description of a Signed Language. Philadelphia, Amsterdam: John Benjamins Publishing.
Dilip Deshmukh (1996). Sign Language and Bilingualism in Deaf Education,. Ichalkaranji,: [s.n.]
Woodward, J (1993). «The relationship of sign language varieties in India, Pakistan and Nepal». Sign Language Studies (78): 15-22
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Veruska Rafaela dos Santos de Lima -
Minha pesquisa foi sobre alguns aspectos do reconhecimento da língua de sinais do Chile, país que eu visitei em janeiro de 2020 e tive contato com duas surdas e nos comunicamos super bem.
"Assim como no Brasil, o Chile também reconhece a língua de sinais como meio de comunicação dos sujeitos surdos. A partir da análise documental dos textos oficiais que regem a Educação Especial no Chile foi possível acessar com maiores detalhes as informações contidas neles, repleto de caminhos ambíguos, intencionando duplas interpretações, contudo ao analisar com maior objetividade a Política de Educação Especial de 2010 Lei nº 20.422, esclarece o direito de que todos tenham acesso à educação concomitantemente com a igualdade de oportunidade e a inclusão social de pessoas com deficiência. Fundamentado no Artigo 1º, o objetivo da Lei é “[…] asegurar el derecho a la igualdad de oportunidades de las personas con discapacidad, con el fin de obtener su plena inclusión social, asegurando el disfrute de sus derechos y eliminando cualquier forma de discriminación fundada en la discapacidad”. Cabe ressaltar que em relação à língua de sinais chilena, a Lei nº 20.422 faz com que a língua gestual saia da escuridão e passe a ser reconhecida oficialmente a partir do Artigo 26, esclarecendo que “Se reconoce la lengua de señas como medio de comunicación natural de la comunidad sorda”. Contudo, é possível localizar outro enxerto, exposto a partir de uma moção parlamentar, no inciso 6º, localizado no Artigo 1º que descreve: “El Estado, en conjunto con la comunidad de personas con discapacidad auditiva, definirá, en un plazo de tres años, el lenguaje de señas chileno”. Ao analisar as duas normas, é possível identificar a incoerência apresentada: enquanto o Artigo 26 assegura que a língua de sinais passa a ser o meio de comunicação dos surdos, o Artigo 1ª ratifica descrevendo que, ao longo do prazo estabelecido, será garantida legalmente que a comunicação gestual será
considerada uma língua. Constatando tal disparidade, em 31 de agosto de 2012, o inciso6º do Artigo 1º. da Lei nº 20.422 foi revogado.
Baseado no trecho desse artigo, "Visão da Educação de Surdos no Brasil e no Chile: Políticas de Ensino para o Processo de Aprendizagem de Estudantes Surdos", é possível perceber o descaso e a falta de coerência com a própria lei do Chile, algo que é inadimissível pois os surdos do Chile devem ter todos os seus direitos garantidos e respeitados em seu país.

Referência:
Visão da Educação de Surdos no Brasil e no Chile: Políticas de Ensino para o Processo de Aprendizagem de Estudantes Surdos. <> Acesso em: 21.fev.2022
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Joana D'arck de Araújo Guimarães -
Minha pesquisa foi baseada na historia dos surdos na Grécia, durante a pesquisa visitei vários sites interessantes e encontrei algumas historias bem intrigante. Como por exemplo, eram mortos ou deixados a mercê da sorte Então na Grécia, os surdos eram tratados como seres incompetentes e que por não possuírem uma linguagem, não eram capazes de raciocinar. Assim, não tinham direitos, eram marginalizados e muitas vezes condenados à morte.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Aparecida Célia R Bezerra Bezerra -
Borboletas de Zagorsk é um documentário produzido pela BBC em 1992 que trata do trabalho desenvolvido em uma escola russa com crianças surdas e cegas inspirado nos estudos de Lev Vygotsky. Os estudos sobre a defectologia, presentes na teoria de Vygotski enfatizam que as pessoas com deficiência, através de mecanismos compensatórios, passam a utilizar seus sentidos normais para substituir seus sentidos perdidos.
Neste sentido, o documentário reforça a importância da mediação e a crença de que todas as pessoas, independente da idade e da condição física ou intelectual, são capazes de aprender. Concepção esta também retratada na teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural do educador Romeno Reuven Feuerstein. Com a conhecida frase: "Não me aceite como eu sou", Feuerstein desafia o educador a planejar e propor ações que possibilitem ao sujeito relacionar-se com seus pares, sem que esta relação seja permeada pelo atributo da incompetência por acreditar que não se pode prever, nunca limites para o desenvolvimento humano.
Borboletas de Zagorsk é a evidência disso. Acho fantástico este documentário narrado em vídeo do youtube, vale a pena todos assistirem.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por LUCIANA TALITA DA CUNHA DE OLIVEIRA -
Língua de Sinais Coreana: 수어 (Suo)/KSL

A Língua de Sinais Coreana vem da mesma família da Língua de Sinais Japonesa, isso porque o Japão colonizou a Coréia entre os anos 1910 a 1945. Durante este período, professores japoneses estabeleceram escolas para surdos e o resultado foi uma influência significativa da JSL no 수어 (Suo) e na SLT (Língua de Sinais Twanesa). Hoje,os usuários dessas 3 línguas tem entre 60% e 70% de compreensão entre elas. Ou seja, é como se fosse a relação e semelhança entre o Português e o Espanhol, ou ainda, o português na variante do Brasil e o português de Portugal. Tal fato contrasta com as línguas orais faladas nos três países, que são bem distantes umas das outras.
Mesmo com a criação das escolas para surdos na época da colonização japonesa, grande parte dos surdos não tinha acesso à língua de sinais. Em 1889 teve início um movimento para auxiliar os cidadãos surdos na Coreia, o que resultou na abertura de um centro educacional no país para pessoas com deficiência. No entanto, a pesquisa e a formação de grupos de estudo semiformais só começaram no início dos anos 2000, e foi apenas em 2008 que surgiu a primeira proposta de lei para proteger os direitos dos surdos.
Consequentemente, o governo procurou implementar a lei através do fornecimento de orçamento, treinamento, tradução e interpretação, quando necessário.
Após muita luta para garantir os direitos dos surdos no país, a Coreia teve grandes avanços e hoje conta com universidades que ensinam disciplinas inteiramente na 수어 (Suó) e são dedicadas ao treinamento de professores da língua como a Universidade Nacional de Bem-Estar da Coreia. É oferecido um mestrado em língua de sinais e programas separados que ensinam a aquisição e o aprimoramento da 수어 (Suó) desde o início da vida.
Apesar do crescimento, há muito trabalho e melhorias para serem feitas na língua, com isso, o governo sul-coreano criou uma forma de gerenciar e catalogar a língua através do Instituto Nacional da Língua Coreana (NIKL), que é uma agência governamental encarregada de fornecer comentários confiáveis ​​sobre a língua coreana em geral. O NIKL, junto com o Ministério da Cultura, Esportes e Turismo, trabalhou para padronizar a 수어 (Suó) a partir de 2000, publicando o primeiro dicionário oficial da língua em 2005, bem como um livro de frases comuns em 2012.
O dicionário on-line é constantemente atualizado e melhorado e pode ser acessado pelo site governamental slidict.korean.
As duas principais conquistas da lei foram o reconhecimento legal da 수어 (Suó) como uma das duas línguas oficiais do país e o direito de todos os cidadãos terem oportunidades educacionais, recreativas, culturais e religiosas, sejam eles surdos ou não.
A lei também determina que os governos nacional e locais são obrigados a fornecer serviços de tradução em língua de sinais coreana para surdos que deles necessitem, e exige interpretações assinadas no tribunal e durante eventos públicos e programas de serviços sociais. O governo sul-coreano também oferece cursos gratuitos da língua para pais com filhos surdos.


Referências
https://revistakoreain.com.br/2021/11/conheca-a-historia-e-as-estruturas-da-suo-a-lingua-de-sinais-coreana/
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por VANESSA DA SILVA KEPPI TAVARES MONTEIRO -

Língua de sinais coreana ou KSL ( coreano :  한국 수화 언어 ; Hanja : 韓國手 話 言語RR :  Hanguk Suhwa Eoneo ou 한국 수어 ;韓國 手 語Hanguk Sueo ) é a língua de sinais nipo-coreana usada para comunidades surdas da Coreia do Sul sob o Norte - Fronteira sul-coreana. Muitas vezes é referido simplesmente como 수화 ;手 話suhwa , o que significa assinar em geral.

O início da KSL data de 1889, [1] embora os esforços de padronização só tenham começado em 2000. [2] A primeira escola sul-coreana para surdos foi fundada em 1º de abril de 1913, em Seul, e foi renomeada como Escola Nacional para surdos em 1945, a ser posteriormente renomeada para Escola para surdos de Seul em 1951. [3]

Embora as origens do KSL sejam anteriores ao período colonial japonês ( de jure começando em 1910), a linguagem de sinais desenvolveu algumas características em comum com a gramática da Língua de Sinais Japonesa (JSL) quando a Coréia estava sob o domínio japonês. [1] A KSL é considerada parte da família da Língua de Sinais Japonesa . [4]

De acordo com o Ministério de Saúde e Bem-estar da Coreia do Sul, havia 252.779 pessoas com deficiência auditiva e 18.275 pessoas com distúrbios de linguagem na Coreia do Sul no final de 2014. [5] Os números estimados recentes para o número de surdos na Coreia do Sul variam de 180.000 a 300.000. [6] Isso é aproximadamente 0,36% - 0,6% da população da Coreia do Sul .

Em 31 de dezembro de 2015, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou uma legislação para reconhecer a língua de sinais coreana como uma das línguas oficiais da Coreia. [7] Houve dois projetos de lei e duas políticas aprovadas ao abrigo desta legislação, que eram "Política padrão da linguagem gestual coreana", "Lei da linguagem gestual", "Lei da linguagem gestual coreana" e "Política padrão da linguagem gestual e da cultura surda", que eram então fundida como A Lei Fundamental da Língua de Sinais Coreana. [8] A legislação abre caminho para um melhor acesso e melhor comunicação na educação, emprego, ambientes médicos e legais, bem como nas práticas religiosas e culturais. [7]As propostas dentro da legislação consistiam na política nacional e regional e na promulgação para a educação da Língua de Sinais Coreana, que promove e distribui as informações para a criação de um ambiente melhor para o uso da Língua de Sinais Coreana. Além disso, o Planejamento de Melhoria da Língua de Sinais Coreana precisa ser realizado a cada cinco anos e a pesquisa e investigação do uso da Língua de Sinais Coreana para Surdos precisa ser realizada a cada três anos. [8]

A Lei da Língua de Sinais Coreana ( coreano :  한국 수화 언어 법 ; Hanja : 韓國 手 話 言語 法RR :  Hanguk Suhwa Eoneo Beop ), que foi adotada em 3 de fevereiro de 2016 e entrou em vigor em 4 de agosto de 2016, estabeleceu a Língua de Sinais Coreana como um idioma oficial para surdos na Coreia do Sul igual em status ao coreano . A lei também estipula que os governos nacionais e locais são obrigados a fornecer serviços de tradução em língua de sinais coreana para surdos que deles necessitem.Depois que a Língua de Sinais Coreana foi estabelecida, tornou-se uma exigência que houvesse interpretações assinadas no tribunal. KSL também é usado durante eventos públicos e programas de serviços sociais. A Coreia do Sul oferece cursos de língua de sinais para audição. Cursos especiais de instrução de língua de sinais estão disponíveis para pais com filhos surdos (Frawley 2003). [9] [10]

A Língua de Sinais Coreana é usada desde 1889, aproximadamente, e a primeira escola especializada no ensino de surdos que usava o idioma foi aberta em 1908. O desenvolvimento dos Sinais Coreanos tem uma relação comum com a Língua de Sinais Japonesa e a Língua de Sinais Taiwanesa, o que faz terem certas semelhanças em suas estruturas e sinais (palavras). Apesar dos sinais já serem usados na educação da população surda, o oralismo (leitura labial e aprendizagem da fala) era também muito disseminado nas escolas, e na década de 80 o KSDSL (Língua de Sinais Coreana Padrão) também começou a ser difundida nas instituições de ensino.

A KSDSL é uma forma codificada manualmente do idioma coreano, enquanto o KSL é a língua de sinais propriamente dita, desenvolvida naturalmente pela comunidade surda coreana, com sua própria gramática e construção. Com base nos estudos entre os estudantes com deficiência auditiva, comprovou-se que o uso da língua de sinais coreana na educação era bem mais efetivo e fornecia a base necessária para aprender uma segunda língua, normalmente o coreano, do que usar os métodos de oralismo e a KSDSL.

Atualmente, a 한국 수화 tem sido cada vez difundida e estruturada na sociedade coreana, possibilitando que jovens surdos se graduem em universidades e se insiram com mais facilidade no mercado de trabalho.

https://www.brazilkorea.com.br/lingua-de-sinais-coreana/

https://hmn.wiki/pt/Korean_Sign_Language

Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Maria de Jesus Oliveira Corrêa -
Boa Tarde.

Eu Maria de Jesus, uma estudante que gosta muito das Línguas de Sinais. Desde o dia que assisti este vídeo explicando sobre a atividade, fiquei motivada em conhecer a história das Línguas de Sinais do País Suriname.
Poucos registros sobre o assunto, nas pesquisas que fiz. Gostaria de ir presencialmente escrever sobre a Educação de Surdos no Suriname.
Encontrei algo relatado, porém sem aprofundamento e sem registros específicos sobre a Língua. de Sinal em Suriname
...texto copiado de arquivos na internet:
Gana, distrito de Savelugu-Nanton, cidade pequena, cidade Savelugu: em uma sala de aula na escola para o surdo, um professor ensina meninos e menina comunicar-se com os gestos Estas crianças são surdas e podem somente comunicar-se com suas mãos As crianças sentam-se em mesas da escola com cadernos e livros de texto O professor representa a classe para ensinar.
Língua oficial do país é o holandês, mas há cerca de 20 mais línguas faladas no país inteiro. A língua crioula principal é chamado Sranantongo, que foi falado por senhores e escravos durante o tempo das plantações. Outras línguas comuns Sarnami-hindustani, e surinameses-javanês.
Abaixo os sites - onde tem as referências citadas.
http://andandoporaii.blogspot.com/2008/01/historia-de-amor-em-paramaribo.html
neste Blog tem uma história muito curiosa de um surdo, mas, não relata sobre a língua de sinal utilizada por ele.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/cultura-no-suriname
aprendendo-linguagem-gestual-na-escola-para-crianças-surdas-104907793- SURINAME
https://www.google.com/search?q=sranan+língua+surinamesa+de+sinais&oq=sranan&aqs=chrome.0.69i59j69i57j35i39j0i512l2j0i30l5.4109j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Leticia Pereira dos Santos -
De acordo com a leitura realizada no Wikipédia, a Língua de Sinais Argentina é usada por aproximadamente 2 milhões de surdos e não regulamentada no ambiente escolar. Utilizada com frequência fora das salas de aula.

Bibliografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_gestual_argentina
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade de Fundamentos da Educação de Surdos

por Maria de Jesus Oliveira Corrêa -
Bom Dia.

Professora tive imprevisto, que me impediram de realizar as atividades no tempo certo. Gostaria de saber se terei resposta do meu resumo, eu enviei meu resumo em 06 de Março.

obrigada