Início de Célula
Site: | Ambiente Virtual de Aprendizagem da UFCA |
Curso: | Curso de Formação Inicial em Célula Estudantil (Ed.2022.1) |
Livro: | Início de Célula |
Impresso por: | Usuário visitante |
Data: | sábado, 23 nov. 2024, 12:14 |
Descrição
O QUE É O PACCE? Programa de Aprendizagem em Célula Cooperativa Estudantil
O PACCE visa promover, através da metodologia da aprendizagem cooperativa, a união de estudantes em células com um objetivo comum de aprendizagem, contribuindo com a formação de profissionais proativos, a partir de um mecanismo horizontal de transmissão de conteúdos e do compartilhamento de experiências. Pretende colaborar com a diminuição da taxa de evasão e aumentar o sucesso acadêmico nos cursos de graduação da universidade.
O QUE É UMA CÉLULA COOPERATIVA?
Se constitui de um grupo de estudo de liderança e responsabilidades compartilhadas, que se propõe na realização de atividades que contribuam para sua formação acadêmica, através de um cuidado mútuo com a aprendizagem e pela prática de habilidades sociais para convivência.
1. COMO MONTAR UMA CÉLULA COOPERATIVA?
1° Passo: Definição de temática
Ao pensar em montar uma célula, a primeira coisa a fazer é definir a temática a ser desenvolvida, relacionando o motivo para a reunião da sua célula, quais objetivos quer alcançar, como fazer para obtenção do sucesso e quais metas traçar. Outra coisa muito importante é perceber qual benefício você também terá em promover o estudo do tema, disciplina ou razão social que será estudado ou discutido. Além disso, é necessário prever situações problema como falta de espaço, pessoas desinteressadas, bem como saber identificar o que pode favorecer a formação da sua célula e a continuidade dela. A célula deve ser composta por até cinco pessoas, contando com você. O que não impede que outros estejam como ouvintes, desde que não atrapalhem as atividades planejadas.
OBS: O articulador deve estar aberto às sugestões de mudança de temática pelos membros de célula.
2° Passo: Divulgação
Embora seja muito mais fácil trabalhar com seus amigos em um grupo de estudo, lembre-se de que a proposta da célula cooperativa não é essa. Por isso, você deverá divulgar seu projeto, principalmente para os demais. Algumas coisas não podem faltar na divulgação como, por exemplo, relatar os objetivos do grupo e explicar que se trata de um estudo cooperativo e não uma monitoria. No momento da divulgação é necessário informar uma reunião com os interessados, com dia, horário e local confirmado.
3º Passo: Reunião inicial
Em
uma reunião com outros colegas interessados na proposta da célula, proponha um
contrato de convivência, com as condições de encontro, sendo um dos pontos mais
importantes a definição dos encontros. Vocês podem fazer isso de diferentes
modos:
·Escolhendo
um horário semanal fixo (ex: terça, de 14h as 18h);
·Mais
de um dia na semana (ex: segunda e quarta, de 14h as 16h);
·A
partir de dias alternados (ex: Segunda de 14 às 18 h em uma semana, Quinta de
08 às 12 h na semana seguinte);
·Os
encontros também podem usar ferramentas tecnológicas.
Obs.: Não é obrigatório que as 4 horas de célula ocorram apenas em reuniões, tarefas realizadas para a reunião devem também ser contadas, mas é importante criar estratégias de acompanhamento das atividades, como o uso de ferramentas como o Trello ou Planner.
4° Passo: Planejamento
O planejamento é parte fundamental para o bom funcionamento da célula. O articulador deve fazer um cronograma, a fim de basear-se nele para ter uma orientação do que será discutido / estudado. Pois sem esse discernimento, ficará bem mais complexo distribuir o tempo e as atividades. De acordo com a demanda ou necessidade esse cronograma pode e deve ser modificado. Dentro do seu projeto você já fez um pré - planejamento, então no primeiro encontro você deverá expô-lo para o grupo e perceber o que deve ser mantido ou modificado. Planejar em conjunto se torna melhor e estimula cada integrante a ser mais participativo nas decisões na célula.
5º Passo: Distribuir Responsabilidades
A divisão de tarefas é importante, pois vai gerar uma interdependência positiva entre os participantes e todos poderão entender seu papel dentro do grupo. Divida as tarefas de uma forma que todos tenham uma função no grupo, de acordo com as habilidades de cada um, seja de organizar o material, de anotar as falas de cada um, de estimular os demais a participar, de apresentar o conteúdo, de ser responsável pela comunicação, propor uma dinâmica de interação, controlar o tempo, sendo importante que todos participem. Pode-se, também, fazer rodízio de responsabilidades, fazendo assim com que todos saibam a importância de cada função no grupo. Um dia um membro pode trazer a dinâmica, outro dia pode ser o facilitador da atividade, outra vez pode controlar o tempo. Fazendo assim com todos, os participantes aprendem a importância de cada função no grupo.
6º Passo: Estimular os Companheiros
Quando se participa de uma célula cooperativa, é necessário estar “sensível” às dificuldades que os outros tenham na participação. Por isso, quando um membro da célula, mostre que o grupo está disposto a estar ao seu lado, escutar e apoiar. Não subestime esse tipo de ajuda, pois quando passamos por momentos difíceis, saber que temos com quem contar é muito importante. É possível que em algum dia seja você quem esteja precisando de ajuda, e os seus companheiros irão lhe auxiliar.
7º Passo: Comunicação
É extremamente preciso que os membros do grupo se mantenham em contato. Afinal, alguém podem ser prejudicado pela falta de informações sobre mudança de horários ou atividades, material necessário, imprevistos, atrasos, entre outras coisas, evitando, assim, transtornos. É importante que vocês consigam se comunicar, e que todo o grupo possa estar atualizado das condições.
8º Passo: Processamento de Grupo
O processamento de grupo é realizado no final das atividades, para discutir as condições e procedimentos realizados, interação entre os participantes, engajamento individual, evolução das ações e metas, com a proposição de ajustes e destacando o que se deve permanecer da mesma forma.
9º Passo: Encerramento da Célula
Deve-se registrar os resultados alcançados pela célula, proceder o processamento final pela reflexão sobre o alcance ou não das metas inicialmente propostas e o relato da experiência.
2. Projeto Formal
“Eu tive um sonho”: Uma ideia, um projeto
Quando temos uma ideia ou um sonho, visualizamos dois momentos: o hoje e o amanhã. Os problemas de hoje e o que desejamos pro amanhã. Os problemas atuais devem ser transformados em nossos objetivos (que simplesmente são estes problemas após resolvidos).
Hoje |
Amanhã |
Leitura da Realidade |
Visão de Futuro |
Foco nos problemas |
Foco nos objetivos |
Como não temos varinha de condão para mudar a realidade atual em um passo de mágica, temos que ter projetos. De forma simplista, um projeto é um conjunto de atividades organizadas por escrito, as quais são executadas com o intuito de resolver um problema para a realidade específica de um conjunto de pessoas com características comuns. Para que um projeto tenha boas chances de sucesso, deve estar bem descrito; é impossível alcançar algo que não se sabe claramente o que é. Um bom projeto é:
* Realista (pertinente, tangível, viável);
* Claro (específico, inequívoco, mensurável, avaliável), ou seja, não deixa margem para interpretação equivocada nem dúvidas sobre o que está relacionado.
Contraexemplos (ilustrações):
|
Não Realista |
Não Clara |
Leitura da Realidade |
As canetas BIC vão dominar o mundo |
A população tem problemas de saúde |
Visão de Futuro |
Fim do impasse na Palestina |
Melhoria na qualidade de vida |
Contextualização: projetos de Célula no PACCE
Os projetos de célula no PACCE
(Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis) são elaborados de
forma autônoma pelos seus autores (Articuladores de Célula): estes dizem quais
problemas desejam trabalhar em seus projetos para resolver. Contudo, é
necessário que as ações do projeto estejam de acordo com os princípios e objetivos
do PACCE. Sendo assim, é importante que alguns pontos fiquem esclarecidos sobre
estes projetos:
● Os participantes deverão ser estudantes da UFCA.
● Não podem ter a pretensão de mudar SOMENTE uma
realidade externa à universidade, mas devem – necessariamente – impactar a
realidade universitária dos estudantes. projetos que visem exclusivamente uma
ação comunitária, serviço social, ajudem entidades filantrópicas ou ONGs, estão
em desacordo com os objetivos do PACCE e não serão aceitos pelo mesmo.
● Estão em desacordo projetos que visem mudar a
realidade dos estudantes da UFCA sem impacto na vivência acadêmica dos mesmos
ou que tais mudanças estejam em desacordo com os objetivos do PACCE. Exemplo:
projetos visando a aprovação dos participantes em concursos públicos sem
vínculo com a sua formação profissional, pois o PACCE deseja integrar os
estudantes à vivência universitária, e não prepará-los para abandoná-la. Outro
exemplo: projetos visando somente à saúde física de seus participantes, pois é
essencial que o projeto envolva a capacitação do trabalho em equipe, e não
simplesmente forneça um serviço aos estudantes da UFCA.
Geralmente as células do PACCE visam o estudo cooperativo de uma disciplina específica, ou a formação de um grupo de discussão sobre um assunto importante para a formação relacionada a determinado curso, mesmo sendo um assunto possa estar fora da matriz curricular do curso ou que seja transversal a várias de seus componentes curriculares. As células não precisam necessariamente alcançar estudantes de um só curso, mas podem ser compostas por estudantes de cursos diferentes. Os assuntos estudados não devem necessariamente dizer respeito a assuntos de um único curso, desde que sejam observados os itens anteriores.
Estrutura do projeto
O projeto de Célula deve conter
as seguintes seções:
1. Sinopse;
2. Justificativa;
3. Objetivos específicos;
4. Insumos;
5. Atividades;
6. Resultados.
2.1. Sinopse
A Sinopse é um pequeno resumo do
projeto, mostrando:
1.
A
quem se destina o projeto;
2.
Os
principais problemas que o mesmo pretende solucionar;
3.
Os
principais objetivos que o projeto pretende alcançar;
4.
As
principais atividades a serem executadas.
Ao ler a sinopse, o leitor deve imediatamente identificar se o projeto é (ou não) de seu interesse e o que envolve sua proposta.
2.2. Justificativa (Apresentação do problema)
A justificativa é um texto onde o
autor do projeto contextualiza sua proposta. Ela exibe a necessidade de
execução do projeto, destacando a força do problema enfrentado pelo público-alvo.
Podem existir vários projetos para um mesmo problema, a justificativa defende
que aquele projeto é o mais apropriado, o que possui a melhor proposta para
execução. Uma justificativa não descreve o funcionamento do projeto, mas
argumenta o porquê de ele existir. A justificativa enfatiza:
• A
necessidade pertinente do público-alvo (a força dos problemas);
• O
cenário favorável para a execução do projeto;
• A
boa utilização de recursos e oportunidades para o sucesso do projeto;
• O
diferencial do projeto, contrapondo problemas com oportunidades.
Ambos são análogos à
fotografias, uma do presente (problemas) e uma do futuro (objetivos). Aqui
temos um total análogo ao primeiro quadro “Hoje x Amanhã”. Ambas são descrições
de realidades, onde uma é o oposto lógico da outra. Estes pares não representam
ações, mas características (problemas) a serem transformadas (alcance dos
objetivos) mediante a implantação do projeto. Exemplos: Estudantes com rendimento acadêmico insatisfatório na disciplina de
Cálculo I São tópicos que descrevem da
realidade presente do público-alvo, com foco no que deseja ser modificado
através da execução do projeto. Os problemas não podem se referir a uma
opinião/visão pessoal do autor do projeto. É essencial que os problemas sejam
solucionáveis; não devem ser escritos problemas que estejam além do alcance dos
recursos do projeto. Escrita dos
problemas: ERROS COMUNS 1. Problemas que não podem ser resolvidos pelo projeto. Em geral, trata-se da escrita de
um Problema que se estende à todo o público-alvo, que não será de forma total e
direta impactada pelo projeto. Exemplo: Alto
índice de evasão no curso de Química. (por mais que a adesão ao projeto seja
satisfatória, é muito improvável este impacte todo o público-alvo: trata-se de
um problema que está além do alcance do projeto) Correção: Estudantes propensos à
desistência do curso de Química. 2. Problemas demasiado grandes ou complexos. Exemplo:
Estudantes desarticulados do ambiente universitário. (o que exatamente se quer
dizer com isso? Estudantes sem laços de amizade dentro da Universidade? Ou
estudantes desligados de laboratórios, grupos de pesquisa, programas de bolsa,
etc.? Trata-se de um problema complexo, que pode ser “quebrado” em outros mais
específicos) Possível correção: Estudantes com
rede de contatos reduzida e/ou superficial dentro da Universidade. Possível correção: Estudantes
desinteressados em se envolver com atividades acadêmicas “extra-sala”: grupos
de pesquisa, laboratórios, programas de bolsa, etc. 3. Escrita de “a falta de”. A “falta de” não
é nada; no mínimo é muito pouco. A falta de recursos não representa um
problema, pois a existência do recurso – em si – pode não ser a solução. A
falta de estímulo não representa nada, pois mesmo que haja o estímulo, o real
problema pode persistir. Exemplo: A falta de discussão sobre o conceito de Moda
torna a problemática vaga, pois a falta da ação não é um problema, simplesmente
discutir pode não mudar a visão dos estudantes. Correção: Estudantes
com visão distorcida do conceito de Moda.
Problemas Existentes
Objetivo Específico
Estudantes com rendimento acadêmico satisfatório na disciplina de
Cálculo I
Estudantes que não sabem trabalhar em equipe
Estudantes capacitados para trabalhar em equipe
Estudantes propensos à desistência do curso de Estatística
Estudantes motivados a permanecer no curso de Estatística
2.3. Objetivos Específicos (OE)
São tópicos que descrevem a visão
de futuro do público-alvo, com foco nos problemas resolvidos após a implantação
do projeto. Sendo assim, os objetivos não são ações, mas situações as quais o
público-alvo deve alcançar. Os objetivos são o oposto lógico dos problemas, e
no projeto são prometidos para serem alcançados ao término da execução do projeto.
Os objetivos específicos devem estar ligados aos objetivos do PACCE, visto que
cada projeto é uma iniciativa apoiada pelo mesmo. Portanto, é imprescindível
que no projeto estejam presentes objetivos relacionados à:
•Possibilitar
o rendimento acadêmico satisfatório e a aprovação em disciplinas da graduação;
•Viabilizar
a interação positiva que favoreça a construção de relacionamentos cooperativos
entre os estudantes;
•Incentivar
o encorajamento mútuo entre os estudantes no enfrentamento de problemas
acadêmicos;
•Viabilizar
uma maior integração dos estudantes ao ambiente da academia, gerando um aumento
no sentimento de pertencimento à UFCA;
•Formar
estudantes proativos, que ajam como protagonistas e com autonomia para a
aprendizagem;
Lembre-se: Objetivos e problemas estão em pares, se um objetivo foi
incluído, deve ser associado a um problema
correspondente.
Escrita dos objetivos: ERROS COMUNS
1. Objetivos escritos como ações, geralmente iniciando com verbos: Isto indica que a ação em si resolveria o Problema, o que em geral não é verdade.
Exemplo: Discutir para aprender os conceitos da disciplina de Didática II. (A simples discussão de algum assunto não representa uma mudança de realidade, ou a solução de um problema)
OBS: Estímulo não é Objetivo. O simples estímulo não representa uma mudança, mas uma ação do executor do projeto. Por exemplo: se você diz para alguém “estude”, você está estimulando-o a estudar, mas um projeto que pretende fazer somente isto não possui um problema pertinente a ser solucionado.
2. Produtos, documentos e/ou objetos como objetivos: Algo físico não pode representar um Objetivo. Neste caso, recai-se na situação que o objetivo é uma simples ação.
Exemplo: Produção de um artigo científico sobre a Antropologia na produção artística cearense. (não representa uma visão de futuro, uma modificação da realidade presente, mas uma simples ação executada que pode – ou não – alcançar finalidades maiores).
Correção: Estudantes esclarecidos quanto à Antropologia na produção artística cearense.
3. Objetivos intangíveis: No papel é muito mais fácil resolver qualquer problema, mas um bom projeto tem os pés no chão; desta forma deve-se ter em mente o que será utilizado para a execução do projeto, e o que é viável ser realizado com estes recursos (especialmente o tempo disponível). Objetivos em número excessivo também tornam o projeto inviável.
Exemplo: Estudantes com boa compreensão, fala e escrita da Língua Francesa. (isto é impossível em um semestre!)
Possível correção: Estudantes com boa compreensão da gramática básica da Língua Francesa.
4. Aprimoramentos, melhorias e/ou aumentos como objetivos: Para confirmar que algo cresceu, é preciso saber seu tamanho inicial. Um projeto lida com dados e, sendo assim, com tal escrita nos objetivos, deve haver comprovações de tais crescimentos/melhorias/aprimoramentos. Se não sei qual o grau de interação dos participantes no início do projeto? O objetivo torna-se intangível.
Correção: Estudantes com laços de amizade dentro da Universidade.
Importante: Deve-se ter muito cuidado na escrita dos objetivos, para que não sejam multi - interpretativos! A clareza é essencial. Qualquer pessoa que ler os objetivos deve ter a mesma compreensão a respeito do mesmo: a compreensão desejada pelo autor.
3.1. Eficiência x Eficácia
Para a indicação dos objetivos é
importante o proponente ter em mente a busca de eficácia para o projeto e
relacioná-lo com as atividades e resultados a serem propostos para que sua
proposta tenha eficiência. Eficiência é cumprir com o
prometido. O autor é eficiente quando executa todas as ações necessárias para a
total implantação do projeto. Mesmo que o autor seja eficiente, é possível que
seus objetivos não sejam alcançados. Exemplo: ter promovido todas as reuniões
de célula de acordo com o projeto, e os estudantes não terem alcançado um
rendimento satisfatório na disciplina no final do semestre. Outro exemplo: um
professor ensinar um conteúdo e os estudantes não aprenderem o mesmo. Aqui entra o conceito de
eficácia. Eficácia é a força de tornar real algo desejado mediante a ação
prevista. O método é eficaz quando (além do autor ser eficiente), os objetivos
da ação do autor foram alcançados. Um método eficaz é aquele que produz o
resultado esperado mediante a ação prevista. Alguns elementos do
projeto estão restritos ao campo de atuação do autor (eficiência), e outros
indicam a capacidade do autor de elaborar o projeto e fazer inferências dos
impactos das suas ações sobre a realidade do público-alvo (eficácia). Assim,
ilustrativamente apresentamos:
Elemento
do projeto
Campo de Avaliação
Objetivos Específicos
Eficácia
Atividades
Eficiência
Resultados
Eficiência
Dizemos que se as atividades foram executadas e os produtos foram
entregues, o autor foi eficiente. Se os objetivos específicos foram alcançados,
o projeto foi eficaz.
2.4. Insumos
Recursos humanos e materiais necessários a execução das atividades do projeto.
4.1. Público-alvo e Participantes
Público-alvo é o conjunto de pessoas que podem ser influenciadas pelo
projeto, inclusive de maneiras diferentes. Participantes são as pessoas do
público-alvo que aderiram ao projeto, ou seja, o Articulador e aqueles com os
quais o Articulador vai trabalhar. O alcance dos objetivos é avaliado sobre os
Participantes.
4.2. Materiais
2.5. Atividades
As Atividades são as
descrições detalhadas de como vão ocorrer as ações do projeto. Elas também são
escritas em tópicos e respondem às perguntas:
● O quê?
(Atividade)
● Como?
(Descrição)
● Quanto? (Carga
horária)
Com relação à Carga horária, é importante que o autor contabilize quanto tempo investirá nas Atividades do projeto, de forma a distribuir de forma adequada este tempo. Ao final da lista de atividades, escreve-se o total da carga horária investida. Exemplos:
● Atividade: Divulgação do projeto de Célula.
Descrição: Serão elaborados cartazes com informações básicas do projeto e os contatos do Articulador. Estes cartazes serão fixados no Departamento do curso de Filosofia. Paralelamente o Articulador visitará as salas de aulas de possíveis Participantes do projeto para convidá-los a participar do projeto. Caso necessário, também serão confeccionados panfletos para serem distribuídos no Departamento.
Carga horária: 12 horas.
● Atividade: Discussão da metodologia da AC.
Descrição: Encontros da Célula dedicados à discussão da metodologia da AC, com a finalidade de aprimorar o próprio funcionamento da Célula.
Carga horária: 12 horas.
● Atividade: Estudo cooperativo do tópico 1 da disciplina de Direto Penal.
Descrição: Será realizado o estudo dos assuntos relacionados ao tópico 1 da disciplina de Direito Penal, procurando-se manter o método de trabalho alinhado com a metodologia da AC.
Carga horária: 40 horas.
Total de carga horária: 64 horas (16 semanas com 4h de Atividades cada).
Importante: É imprescindível que as Atividades contemplem todos os objetivos do projeto. Em outras palavras, nenhum objetivo do projeto deve ficar sem atividades correspondentes. Por outro lado, deve-se ter o cuidado também de não descrever atividades em excesso, que não tenham ligação com os objetivos, pois todas as atividades devem estar ligadas à pelo menos um objetivo do projeto.
2.6. Produtos (PR) ou Resultados (R)
Os produtos estão no campo da
eficiência, portanto indicam objetos produzidos pela ação dos participantes do
projeto. Representam serviços prestados, ferramentas construídas, criações
artísticas, produções acadêmicas, etc. como resultado do trabalho dos
participantes. A clareza do projeto entra em foco na escrita dos produtos, pois
todos eles devem ser mensurados. Os produtos são escritos em forma de lista.
Exemplos:
●Célula de aprendizagem formada: mínimo
de três participantes (incluindo articulador) que se reúnem presencialmente durante
no mínimo 4h semanais para executar as atividades do projeto de célula. Os
locais de reunião de célula devem ser acessíveis a qualquer estudante da UFCA
interessado em participar da célula.
● Criação de um Blog com postagens sobre
as experiências da célula.
● Apresentação de um trabalho
científico sobre “Memes na Internet” por parte dos participantes.
Obs.: Em um projeto de célula inserido no PACCE é imprescindível que o produto
“Célula de aprendizagem formada” esteja incluído!
A clareza de um projeto permite que o mesmo seja passível de monitoramento, ou seja, a qualquer momento da sua execução é possível saber se o mesmo está ou não no rumo certo. Assim, um projeto possui instrumentos de monitoramento e avaliação, para que o mesmo seja acompanhado quanto à execução de suas ações, e quanto ao alcance dos seus objetivos. Agora vamos aos instrumentos de monitoramento e avaliação de um projeto.
Percebe-se claramente a coerência
que deve-se manter entre os elementos do projeto:
a) Para cada problema, deve ser
elencado um ou mais objetivos específicos em que o projeto alcançando irá sanar
as implicações do problemas;
b) Para atingir um objetivo
específico, deve ser elencado um ou mais resultados ou produtos a serem
observados com a execução do projeto;
c) Para produzir um determinado resultado ou produto proposto, deve ser
elencado uma série de atividades que permitirão definir os insumos necessários
para este feito.